Nesta coisa das grandes decisões e, sobretudo da definição dos campeões, haverá sempre quem fale de injustiça, normalmente mais com o coração do que com a razão, numa discussão que, inevitavelmente, termina com um: “Após maratona de 38 jogos, se chegou ao fim em primeiro, então tem de ser um justo campeão.”

Para já, a enorme expectativa que se criou em redor do dérbi dos dérbis, do mais importante Benfica – Sporting da história por se tratar de duelo do qual pela primeira vez, ambos poderiam sair como campeões, resultou em…quase nada, isto é deixou (quase) tudo na mesma no topo: Sporting em primeiro, em igualdade pontual com o Benfica, mas agora, com os leões factualmente com vantagem no confronto directo com o eterno rival (venceram por 1-0 na primeira volta, empataram 1-1, na segunda volta portanto com via verde, neste sprint final, para o título de bicampeões que lhes foge há 73 anos.

Ditou ainda o empate no dérbi que é o Sporting o único a avançar para a derradeira jornada a depender dele próprio para se sagrar campeão, bastando-lhe portanto, derrotar em Alvalade o Vitória de Guimarães, caso vença o Farense, garante já o quinto lugar e o correspondente apuramento para pré-eliminatória da Liga Conferência da próxima época.

Orlando Fernandes