
O concelho do Fundão vive horas dramáticas devido ao incêndio que, com origem em Arganil, se propagou pela Serra da Gardunha e já entrou no município de Castelo Branco, na freguesia de São Vicente da Beira. A situação é descrita pelas autoridades como “muito instável” e ainda longe de estar controlada.
Três frentes ativas preocupam autoridades
Segundo o vice-presidente da Câmara Municipal do Fundão, o fogo apresenta atualmente três frentes de grande preocupação:
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Uma que se estende desde a Covilhã, passando por Silvares;
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Outra que circundou a localidade de Lavacolhos;
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Uma terceira em progressão em direção à Enxabarda.
Além destas, regista-se ainda atividade significativa entre Vale d’Urso e o topo da Serra da Gardunha, bem como em zonas próximas de Paradanta e Castelejo.
Extensão a Castelo Branco
Durante a noite de 18 para 19 de agosto, as chamas ultrapassaram os limites do concelho do Fundão e chegaram a São Vicente da Beira, no município de Castelo Branco. Várias localidades permanecem em alerta, incluindo Paradanta, Vale de Figueira, Partida, Ribeira de Eiras, Rochas de Cima e Pereiros.
As autoridades apelam à autoproteção da população, recomendando que os moradores permaneçam nas suas freguesias e se mantenham em zonas seguras.
Falta de meios no terreno
O presidente da Câmara do Fundão alertou para a insuficiência de meios face à dimensão do incêndio, classificando a situação como crítica e sublinhando que o fogo está “longe de estar controlado”.
Mobilização nacional
O combate ao fogo no Fundão insere-se numa operação nacional de grande escala, que hoje mobiliza mais de 3 600 operacionais e 25 meios aéreos em diversos incêndios ativos no país.
Um combate que continua
Apesar dos esforços, o incêndio no Fundão mantém-se um dos mais preocupantes do centro do país. O avanço das chamas e a instabilidade das frentes obrigam a vigilância permanente, com foco na proteção das populações e na tentativa de travar a progressão para novas áreas habitadas.