O conteúdo audiovisual relacionado com os 100 anos de funcionamento ininterrupto das Festas de São Luís continua a dar que falar. O grupo de cineastas que, em dezembro enviou uma carta aberta ao presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge, voltou a escrever ao autarca sobre o mesmo assunto.
Na carta enviada a 11 de junho, mas dada a conhecer ao Correio de Azeméis a 29 de julho, é possível ler que o grupo pretende “apurar o que tem sido feito pela Câmara Municipal, por si presidida [Joaquim Jorge], com o propósito de documentar a Festa de S. Luís e o seu centenário simbólico”.
Os jovens recordam ainda na carta a notícia dada pelo Correio de Azeméis, na edição nº 5037, de 10 de dezembro de 2024, relativa à reunião camarária de 21 de novembro do mesmo ano em que o edil oliveirense garantiu a realização de um conteúdo por parte dos serviços internos da Câmara: “Vamos dar essa resposta e vamos ter essa consideração. E vamos procurar que as festas de S. Luís tenham, através de uma realização... que enfim, poderá ser uma realização documental ou produção de um vídeo, de entrevistas, como aquela que nos foi sugerida”.
Meio ano depois os cineastas, que procuravam fundos para a realização do documentário que a Câmara Municipal recusou financiar, e a um mês do centenário simbólico lançam três perguntas ao executivo: “O que já está feito para documentar o S. Luís? O que está a ser feito para documentar o S. Luís? O que vai ainda ser feito para documentar o S. Luís?”.
Os cineastas garantem estar em contacto próximo com os habitantes da localidade de Figueiredo, no Pinheiro da Bemposta, que lhes confidenciaram não terem existido avanços na produção: “Mantivemos o contacto com os habitantes locais e, segundo as informações que temos, ninguém foi ainda contactado para esse efeito”. Os audiovisuais adiantaram revelaram ainda apreensão devido aos timings necessários, “Isso é manifestamente preocupante, considerando a tipologia do empreendimento e o tempo necessário para garantir a qualidade na execução do documentário”.
A terminar o grupo, composto por Adalberto Pinto, Emanuel Santos, Filipe Carvalho, Manuel Sapage e Nuno Dias, lançou duras críticas a Joaquim Jorge, que acusam de poder sair da autarquia com uma promessa não cumprida: “com eleições autárquicas à porta e sem a certeza que será reconduzido, este ano será o último onde poderá, com certezas, cumprir a palavra dada. Sem razões para duvidar do valor da sua palavra, vemos nesta carta um convite para “prestar contas””.