
A Câmara Municipal de Estremoz apresentou esta quinta-feira, 14 de agosto, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o projeto final para a construção do novo Pavilhão Desportivo Municipal, um equipamento que, segundo o Presidente da Câmara, José Daniel Sádio, «vem responder a um problema que tem décadas no concelho».
O autarca recordou as dificuldades que têm afetado a utilização do atual pavilhão, sublinhando que «questões como a segurança, o conforto térmico, o calor e o frio são problemas que se arrastam há muitas décadas». Para José Daniel Sádio, este projeto representa «um horizonte de esperança», garantindo que «temos capacidade económica para o concretizar, recorrendo a um empréstimo estimado em cerca de três milhões de euros».
O edil explicou que a execução da obra deverá demorar entre 12 e 15 meses, período durante o qual será criado um espaço alternativo no pavilhão do Parque Desportivo. «Vamos adaptar a nave do pavilhão do parque com um piso que se monta e desmonta, bancadas tubulares telescópicas e melhores balneários, para que a prática desportiva e a competição possam continuar.», afirmou.
O novo pavilhão será, segundo o presidente da autarquia, «moderno, multiusos, certificado e capaz de acolher qualquer modalidade coletiva ou individual». Destacou ainda a importância do hóquei em patins para Estremoz, lembrando que é «a modalidade rainha do concelho» e que o novo espaço será mais um incentivo para o seu crescimento. «O pavilhão estará disponível para todas as modalidades e, com o espaço alternativo do Pavilhão B, vamos dar resposta à crescente procura dos clubes e associações», acrescentou.
Para além do desporto, José Daniel Sádio frisou o potencial impacto turístico da nova infraestrutura: «Não tenho dúvida de que estará apta para acolher eventos de maior dimensão, capazes de trazer mais pessoas ao concelho e de se afirmar como um polo de atração para Estremoz».
Relativamente ao calendário, o autarca indicou que a obra avançará assim que estejam reunidas as condições de financiamento e de procedimento. «Seja qual for o executivo que esteja, gostaria que a infraestrutura pudesse já ser utilizada na época desportiva 2026/2027, embora reconheça que os prazos dependem também dos concursos públicos e da resposta do mercado», disse.
O arquiteto responsável pela equipa projetista, Pedro Gameiro, explicou que o edifício foi pensado para acolher «praticamente todas as modalidades de pavilhão, como andebol, basquetebol, futsal, voleibol e hóquei em patins», cumprindo os requisitos técnicos específicos desta última.
Pedro Gameiro destacou ainda as soluções adotadas para garantir eficiência energética e conforto térmico: «O regulamento atual é muito exigente em termos de comportamento energético do edifício. Procurámos que o pavilhão esteja preparado para resistir à variação térmica e que qualquer correção seja feita de forma natural, sem recurso excessivo a sistemas mecânicos. Isto reduz consumos e garante equilíbrio entre necessidades e utilização».
O arquiteto acrescentou que se trata de «um edifício praticamente nulo em termos de consumos, com qualidade térmica interna máxima face aos padrões atuais», incorporando soluções que, segundo referiu, «só tinha visto aplicadas na Finlândia».