
O Convento de Cristo, em Tomar, foi o cenário escolhido para a apresentação oficial da nova publicação “Património da Humanidade da Região de Lisboa e Vale do Tejo / World Heritage of the Lisbon and Tagus Valley Region”, numa cerimónia que decorreu esta quinta-feira, 21 de agosto, e que reuniu representantes institucionais, parceiros e membros da comunidade local.
Resultado de uma parceria entre a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR LVT), I.P. e os Museus e Monumentos de Portugal (MMP), E.P.E., a obra presta homenagem ao valioso património da humanidade da região, reunindo em formato bilingue (português e inglês) uma cuidada seleção de mais de 220 fotografias, incluindo trabalhos de João Bernardino, com textos de Ana Anjos Mântua e design gráfico de Pedro Albuquerque, do Wello Design Studio.
“A publicação procura evidenciar não só o valor excecional destes sítios, mas também o papel do património cultural na coesão territorial e no desenvolvimento sustentável”, lê-se em comunicado da CCDR LVT e MMP.
A publicação destaca os cinco bens classificados pela UNESCO na região: Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém, Convento de Cristo, Mosteiro de Alcobaça, Paisagem Cultural de Sintra e os Edifícios Reais de Mafra.
“A Região de Lisboa e Vale do Tejo é a mais rica do país em património mundial, reunindo cinco bens classificados pela UNESCO que constituem testemunhos de excecional valor universal. Estes lugares são não apenas ícones culturais e históricos, mas também recursos para a afirmação da identidade coletiva, o reforço da coesão regional e a projeção internacional de Portugal”.
Na apresentação, Teresa Almeida, presidente da CCDR LVT, define o património como “uma expressão viva da nossa identidade e um alicerce fundamental para a construção de um futuro mais sustentável e coeso” e acrescenta que “o olhar desta publicação para os sítios classificados transmite não apenas o seu valor excecional, mas também a forma como estes contribuem para a coesão do território e para a projeção internacional do nosso país (…) pois é através deles que reforçamos a ligação entre passado e futuro, entre a herança recebida e a responsabilidade de a transmitir às gerações vindouras.”
Já Alexandre Nobre Pais, presidente da MMP, enfatizou o património como “espaço de encontro, de diálogo e de aprendizagem, capaz de gerar desenvolvimento e de reforçar a ligação das comunidades ao território”. E que permite perceber “que a cultura não é apenas uma memória guardada em pedra, mas um recurso vivo, com potencial para inovar, inspirar e dinamizar a economia local e regional (…) e que, ao protegermos estes bens, protegemos igualmente a nossa capacidade de construir futuro em torno da diversidade, da criatividade e do respeito mútuo.”
A publicação inclui ainda contributos de diversas figuras ligadas ao setor cultural, como Sofia Cruz, presidente da Parques de Sintra – Monte da Lua, que sublinha que “a valorização do património é inseparável da valorização das pessoas que dele cuidam e o transmitem às gerações futuras”, assim como do Embaixador José Filipe Moraes Cabral, Presidente da Comissão Nacional da UNESCO, que salientou que os bens classificados da Região de LVT “são parte de uma herança universal, que importa proteger, interpretar e colocar ao serviço da humanidade”.
Durante o evento, intervieram também a equipa de design e de fotografia e da autora dos textos, a Diretora do Convento de Cristo, Andreia Galvão, e a Vereadora da Cultura do Município de Tomar, Filipa Fernandes, .
A obra encontra-se já disponível e poderá ser adquirida, em breve, nas lojas dos museus nacionais.