
O Alentejo foi a terceira região do país com mais projetos culturais aprovados no concurso de Programação da Direção-Geral das Artes (DGArtes), somando 13 iniciativas, apenas atrás do Norte (19) e da Grande Lisboa (18).
No total nacional, foram admitidas 155 candidaturas e aprovados 76 projetos, correspondendo a um investimento global de 1,91 milhões de euros. Outros 79 projetos ficaram de fora, 56 por falta de verba, oito por não atingirem a pontuação mínima de 60% e 15 por outras razões. A decisão final foi hoje comunicada aos candidatos.
As iniciativas apoiadas deverão ser concretizadas entre 1 de julho de 2025 e 31 de dezembro de 2026, com duração máxima de 18 meses. Os apoios chegam a todas as regiões do país: além do Norte, Grande Lisboa e Alentejo, foram contemplados 12 projetos no Centro, três no Oeste e Vale do Tejo, dois na Península de Setúbal, três no Algarve, quatro nos Açores e dois na Madeira.
No Alentejo, entre as entidades apoiadas, destaca-se a Associação Lendias d’Encantar, de Beja, que obteve 55 mil euros para a realização do Festival Internacional de Teatro do Alentejo. Também com 55 mil euros, a Associação Cultural “Ainda Não Tem Nome”, de Grândola, irá desenvolver um projeto de cruzamento disciplinar. Em Odemira, a Associação Provisória, com o projeto Escola Provisória para Nada, e a Associação Terra Batida, com a Mostra de Artes Performativas de Odemira, receberam 45 mil euros cada.
Em Évora, foram aprovadas quatro iniciativas: “SINTROPÍA – Programação Anual de Rotação de Culturas” (Associação Cultura Antípoda), “É por Elas” (Associ’arte), “Contos e Formas de Contar” (É Neste País) e a 6.ª edição da “Évora Experimental EV.EX. 2025” (Invencionarium – Colectivo de Criação).
Outros projetos financiados com montantes até 35 mil euros incluem o Vide – Festival de Artes pela Rua (Pé de Pano, Castelo de Vide), o evento de circo Tem Graça 2026 (Associação Algures), o Encontro de Artes em Acabamento (Debateaberto), Lusofonias na Rua (Chamdarte) e o projeto Ponto D’Orvalho (Associação Ponto D’Orvalho, Montemor-o-Novo), que surge também em destaque na lista nacional divulgada pela DGArtes.
No conjunto nacional, a maior fatia dos apoios foi atribuída a projetos de cruzamento disciplinar (50), seguindo-se o teatro (13), a dança (9) e o circo (4).
Apesar destes resultados, cinco candidaturas da região alentejana não obtiveram aprovação.