Cabo Verde deu um passo histórico na produção e difusão de conhecimento científico com o lançamento, na última Quinta-feira, 21, da primeira edição da Revista Cabo-verdiana de Investigação em Saúde.

A publicação inaugura um espaço pioneiro para a partilha de estudos sobre saúde pública, com temas que vão do envelhecimento activo e saudável ao impacto da Covid-19 na saúde mental, passando pela qualidade da água consumida no arquipélago.

“É a primeira revista do género em Cabo Verde, já registada em bases internacionais de escrita científica e em grandes jornais científicos. Queremos dar a conhecer rapidamente a investigação em saúde feita em Cabo Verde e no mundo e contribuir para decisões baseadas em evidência”, sublinhou a presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), Maria da Luz Lima, à margem da cerimónia de lançamento.

A responsável destacou ainda a ambição de levar o conhecimento cabo-verdiano para lá das fronteiras da lusofonia. A primeira edição foi lançada em português, mas a médio e longo prazo está prevista a tradução para inglês, ampliando o acesso e a indexação em plataformas internacionais de ciência.

“Esperamos que a revista tenha reflexo também nos países que não falam português. Um dos objectivos é que o que é feito em Cabo Verde seja conhecido globalmente e ajude na tomada de decisões baseadas em evidência”, reforçou Maria da Luz Lima, citada pela Lusa.

A edição inaugural contou com artigos de investigadores de Cabo Verde, Portugal, Moçambique e outros países, reforçando o carácter colaborativo e internacional da iniciativa.

Publicada inicialmente de forma anual, a revista poderá tornar-se bianual ou trimestral, dependendo do volume de trabalhos recebidos, sinalizando o dinamismo crescente da produção científica na região.