
A banda Lestre, composta por três irmãos oliveirenses, Bruno, Tiago e o irmão mais novo, prepara-se para atuar pela primeira vez nas Festas de Nossa Senhora de La Salette, no dia 6 de agosto, pelas 22h. Em entrevista à Azeméis TV, contaram a história do projeto familiar, o percurso acidentado e a vontade de regressar com um som mais pessoal.
“Nós começámos, por sermos irmãos e sermos todos músicos, começámos a tocar juntos. Faltava-nos um baterista e andámos a tocar com amigos. Entretanto, quase que obrigámos o nosso irmão mais novo a tocar bateria. Ele tocava numa filarmónica, clarinete, mas nós sempre: ‘não, tu eras bom era para a bateria’. E ele lá foi ganhando o bichinho pela bateria. A partir do momento que tivemos baterista já podemos começar a funcionar mais como banda de irmãos.”
O nome da banda acabou por nascer naturalmente do apelido familiar, mas com várias versões ao longo do tempo. “Chamaram-nos muitos nomes. Já passámos por Irmãos Lestre, essa ainda não nos tinham chamado, Banda dos Lestres também... nós apresentamo-nos como Lestres.”
“É nome de família, portanto seria uma coisa que por si só já é sui generis, diferente e que nos identificaria logo. Só que depois as pessoas começaram a chamar tantas coisas que ninguém sabia o que é que nós éramos”, disseram entre risos.
“Estávamos a ser conotados como banda de baile e era tudo o que não queríamos”
No início, a banda tocava versões das músicas que mais gostava. “Começámos a tocar aquilo que queríamos, aquilo que gostávamos, essencialmente a fazer umas versões, covers e tal.”
Qual então a essência da banda? “É um rock mais progressivo, uma coisa fora da caixa. É um rock mais progressivo às vezes, uma coisa fora da caixa, mas que nós achamos que resulta bem no nosso conceito, no nosso contexto.”
Tiago acrescenta: “Em palco também se sente o gosto que a gente está a ter e acabamos por conseguir transmitir melhor essa energia.”
Apesar de já terem tocado em vários eventos locais, será a primeira vez na principal festa do concelho. “Nós fomos, como qualquer banda faz, lançando propostas para as diversas câmaras, para as comissões de festas. Mandámos também para as festas de La Salette.”
“Entretanto, da comissão de festas disseram-nos que havia essa possibilidade e perguntaram porque é que a gente nunca tinha lá ido. E nós: ‘Queríamos ter ido, mas nunca se proporcionou’. E se calhar nós também nunca nos mexemos. Estávamos sempre à espera que os convites chegassem, em vez de irmos à procura dos concertos"
A relação com o espaço vem de longe. “Desde miúdos que conhecemos as festas da La Salette. Já vimos lá muitos concertos. Já participámos com a banda filarmónica, eu não tanto, mas os meus irmãos sim. Tocámos ali no lago, que é um cenário lindíssimo", revelam.
