Manuel Melo foi o concorrente expulso do Big Brother Verão no passado dia 20. “Acho que valeu a pena. Recebi mais elogios em três semanas do que recebi nos últimos 10 anos. Alguma coisa eu fiz bem. A minha mãe está orgulhosa, a mãe do meu filho está feliz e o meu filho também. Era esse o meu objetivo. Não desiludir ninguém e mostrar um bocado da guitarra, da representação e tentar divertir os meus colegas”, começa por admitir à TV 7 Dias. Ainda assim, o ex-concorrente acredita que não foi a jogo. “Não tenho essas habilidades. As minhas armas eram diferentes e mesmo dentro das minhas armas eu não estava confortável”, garante.

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Sem trabalho desde novembro, o ator explica como se lida com o facto de num momento se estar no auge e, no seguinte, mergulhar numa incerteza total sobre o que virá a seguir. “Cada um lida com isso à sua maneira. Às vezes pensamos que, quando não estamos a trabalhar, não somos nada. E isso é aquilo que se deve conseguir evitar”, diz. “A minha maior dificuldade é aguardar pacientemente, falar com as pessoas certas porque, neste meio, quem não aparece, esquece. Faço o melhor que sei e depois não ando atrás das pessoas, não pressiono, não apareço. Não gosto de chatear… e esse é o meu problema.”

“Não ter trabalho é uma angústia muito grande”

Ao sair da casa, foi confrontado com algo que já sentia, mas que até então se calhar não tinha dado a devida importância. “Eu vou ser muito sincero. Vi algumas imagens, a minha mãe também me falou nisso, logo à saída pessoas próximas também comentaram… Acho que já não me viam há muito tempo no meu dia-a-dia.” E o que viram e ele também viu, foi um reflexo de uma tristeza que talvez já estivesse ali há algum tempo. “Eu vou tomar providências em relação a isso porque se calhar ando um bocadinho mais triste do que seria normal. O facto de ainda estar em luto pelo meu pai que faleceu em janeiro. Não ter trabalho é uma angústia muito grande, há uma ansiedade constante… E a pressão de ter que ter uma performance e lá dentro estava a viver muito a ambiguidade de ter que responder na mesma moeda, e eu não tinha essa habilidade. Mas tenho que admitir que vi imagens e estou um bocado apreensivo em relação a isso. Tento não preocupar as pessoas mas ali elas viram e eu também vi”.

E há receio de voltar a lugares mais escuros do passado? “Não, não, não… está longe, mas não sei o dia de amanhã, não é? É uma incógnita, mas em princípio não. Mas por isso é que me custa às vezes se tomar certas atitudes, vou desenvolver alguns sentimentos de angústia, ressentimentos, agir com armas que não me fazem bem, de guardá-las, e são combates que eu prefiro não ter, pelo bem de todos aqueles que estão à minha volta e, principalmente, o meu”, termina.

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Texto: Sofia Pinto (sofia.pinto@worldimpalanet.com) Fotos: Divulgação TVI, redes sociais