Inês Lopes Gonçalves esteve à conversa com Daniel Oliveira no mais recente episódio de Alta Definição, este sábado, 16 de novembro. A humorista, radialista e apresentadora de televisão falou sobre o Síndrome de Impostor e não só.
Diante o Diretor de Programas da SIC, a participante de Hell's Kitchen Famosos, deixou um sentido testemunho sobre a maternidade e o pós-parto pelo qual passou há nove anos, após o nascimento dos gémeos Manuel e Sebastião.
Também em 'Alta Definição', Herman José recorda o início: "Eu não dominava nada. Vivi muito desconfortavelmente"
"Tive um pós-parto super, super difícil e isso é muito engraçado porque, às vezes, nós podemos desejar muito aquilo e ainda assim levar um 'estaladão' de não controlarmos nada e foi ali uma altura muito complicada", começou por dizer, após revelar que a gravidez foi "muito desejada" e que tanto Inês Lopes Gonçalves, como o marido, Ivo Costa, estavam "muito contentes por virem dois ao mesmo tempo".
"Acho que tive ali um desfasamento... Nós dizemos muito que quando nasce um filho, também nasce uma mãe, e aqueles primeiros tempos, eu diria que o meu primeiro mês foi complicado. Eu andei ali muito entre um baby blues [condição temporária do surgimento de uma tristeza e irritabilidade constantes, que pode surgir no pós-parto], que era mais do que isso, e que se calhar não chegou a ser uma depressão pós-parto, mas foi muito complicado", explicou ainda.
"Não está errado, está tudo bem": As 'dicas' para todas as mães
E se há nove anos, Inês Lopes Gonçalves não conseguia controlar "absolutamente" nada, nos dias de hoje, tudo é diferente "porque já passou tempo, que está perfeitamente resolvida e que não muda absolutamente nada". Ao falar em 'primeira pessoa', a comunicadora fez questão de alertar as outras mulheres para situações destas tanto no presente, como no futuro.
"Eu acho que é uma coisa que é muito importante dizer e passar para quem possa estar a pensar nisso: não muda absolutamente nada. Ou seja, não faz mal nenhum se a pessoa tiver um bebé e de repente achar que não gosta assim tanto dele, porque vai gostar e isso não vai mudar absolutamente nada, nada", referiu.
"Quando se passa pelo nascimento de um filho, é uma coisa tão avassaladora, que eu acho que é preciso que se saiba que é uma paleta de emoções muito grande e que sim, pode correr tudo bem, e ser tudo cor-de-roda, mas também há ali uma escala de cinzentos que também podem entrar na equação. Não está errado, está tudo bem, e sobretudo , pedir ajuda, que eu acho que é uma coisa muito fundamental", concluiu.