Susana Almeida foi uma das concorrentes do Big Brother 1 e para sempre ficará conhecida como a Cabeça Amarela. Afastada dos holofotes há vários anos, a segunda classificada do reality show da TVI explica os motivos para evitar a exposição e conta o que é que o reconhecimento público lhe trouxe de mau para a sua vida.

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“Ficou sempre na memória dos portugueses…”

Eu evito os holofotes. Tentei, no fundo, fugir um bocadinho, para acabar por cair em esquecimento, mas acabámos por não cair. Porque as pessoas acabam por fazer sempre ligação e comparação com o nosso programa e acabam por relembrar sempre o primeiro, porque, lá está, é o primeiro e ficou sempre na memória dos portugueses”, começa por referir, em exclusivo, à TV 7 Dias.

Quando saiu da casa mais vigiada do País, na passagem de ano, Susana não fazia ideia do que a esperava. Afinal de contas, era a primeira vez que havia um programa deste género em Portugal. “Na altura, éramos muito jovens e não tivemos acompanhamento a nível psicológico após a saída, após quatro meses fechados. Nós devíamos ter tido, eu não tive, não sei se os outros tiveram. Nunca falei disso, mas devíamos ter tido acompanhamento psicológico porque o Big Brother, para mim, é um jogo psicológico, é um jogo que mexe com as nossas emoções. Nós deveríamos estar preparados para aquilo que nos esperava cá fora. E eu falo por mim, eu não estava preparada de maneira nenhuma para aquilo que estava à minha espera”, admite.

“A parte má, inicialmente, logo quando eu saí, foi o facto de eu ter perdido a minha privacidade. Foi eu ter percebido que não conseguia passar despercebida em lado nenhum, todo o mundo falava, éramos expostos constantemente, não era nas redes sociais, mas nas revistas, porque as redes sociais felizmente não existiam”, recorda. Além de toda a atenção mediática que havia em torno destes concorrentes, havia também quem se aproximasse deles com intenções menos nobres.

Questionada sobre se sentiu isso na pele, a empresária admite que “sim. A mesma pessoa que se aproveitou do Zé Maria também tentou comigo. Mesmo os próprios agentes também. Sabe quando as pessoas andam sempre atrás de nós, a tentarem bajular, a tentarem ser simpáticas, a dizerem palavras bonitas, para serem reconhecidas, para conseguirem os objetivos delas? Era do género. Havia muitas pessoas com vários interesses a fazer bajulice. Houve situações de pessoas que eu não dei abertura e dei abertura a outras pessoas que eu não podia recusar, ou não tinha conhecimento que poderia fazê-lo. E houve situações que eu realmente verifiquei e não dei oportunidade”.

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Textos: Carla Ventura (carla.ventura@impala.pt); Fotos: Reprodução Facebook e Reprodução TVI