Este ano, o prémio contou com 3.142 obras inscritas, que foram submetidas a dois júris especializados, um de prosa e outro de poesia, formados por profissionais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.

O júri elegeu 25 livros de prosa e 25 de poesia que, de acordo com comunicado divulgado pelos organizadores, evidencia uma abrangência geográfica ao totalizar livros de cinco países (Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal).

Na prosa, autores que já se tornaram ícones das literaturas em língua portuguesa, como o moçambicano Mia Couto, o angolano José Eduardo Agualusa, o brasileiro Chico Buarque e a portuguesa Teresa Veiga, encontram-se jovens ficcionistas que começam a despontar na cena literária atual, como os estreantes Victor Vidal, brasileiro, e Francisco Mota Saraiva, português.

Já na categoria poesia foram selecionados autores de gerações diferentes como a poeta brasileira Maria do Carmo Ferreira, que começou a escrever poesia ainda criança e a publicar os seus poemas na década de 1960 em revistas e suplementos literários, tendo, no entanto, permanecido inédita em livro até 2024, e jovens autoras como a portuguesa Sofia Lemos Marques, nascida na década de 1990.

Os autores e livros selecionados seguem para a próxima etapa do concurso e serão encaminhadas para dois júris distintos, um de prosa e outro de poesia, que os avaliarão até o final de outubro para eleger os cinco finalistas de cada género.

Os autores distinguidos receberão um prémio monetário total de 300 mil reais (47,4 mil euros), montante divido em 150 mil reais (23,7 mil euros) para cada um dos vencedores.

O Oceanos é realizado por via da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura do Brasil, e conta com o patrocínio do Banco Itaú e da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas de Portugal, com o apoio do Itaú Cultural, do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde e o apoio institucional da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O Prémio Oceanos é administrado pela Associação Oceanos, em Portugal, e pela Oceanos Cultura, no Brasil.