
Hoje foi dia de o grupo Volkswagen reafirmar o compromisso com Portugal e com a sua fábrica situada em Palmela, a Autoeuropa. A provar este compromisso o membro da comissão executiva da fabricante alemã, Christian Vollmer, esteve em Palmela para a assinatura da Declaração Conjunta de Intenções entre o grupo Volkswagen e o Governo português para a produção do concept car ID. EVERY1, que dita a entrada da unidade portuguesa na produção de um carro elétrico. Houve ainda espaço para visitar a nova Prensa XL – um investimento considerado estratégico em tecnologia de ponta – além da cerimónia simbólica do início das obras da nova nave de Pintura e a apresentação do novo modelo elétrico que terá um preço inicial de 20 mil euros e, cujo arranque da produção, se espera para meados de 2027.
Christian Vollmer reiterou o papel central da Volkswagen Autoeuropa na estratégia de eletrificação do grupo alemão sedeado em Wolfsburg: “Estes projetos são uma demonstração clara da determinação da Volkswagen em liderar a transformação da indústria automóvel”. De acordo com o membro da comissão executiva do grupo Volkswagen, “ao investir em tecnologia e em processos de produção sustentáveis aqui em Palmela, estamos a reforçar a nossa estratégia global: oferecer inovação que impulsiona a eficiência, a qualidade e a responsabilidade ambiental”.
À margem do evento, o diretor-geral da Volkswagen Autoeuropa, Thomas Hegel Gunther, detalhou os investimentos em curso que mostram a relevância da fábrica portuguesa no universo da casa-mãe.
Hoje foi a assinatura da Declaração Conjunta de Intenções entre o grupo Volkswagen e o Governo português para a produção do modelo ID. EVERY1. Qual a importância deste dia para a Volkswagen Autoeuropa?
Este dia para a Volkswagen da Autoeuropa é muito importante, porque nós tivemos a oportunidade de mostrar todo o trabalho que fizemos durante os últimos anos e mostrar também os preparativos para o futuro da nossa empresa. Trabalho muito intenso de todos os colaboradores da Volkswagen Autoeuropa, mas também o intensivo trabalho dos nossos colegas na Alemanha. Sobre o futuro mencionei o projeto de carro elétrico que iremos produzir aqui a partir de meados de 2027, que aqui também o Governo português se empenhou bastante para podermos atrair este projeto aqui para Portugal, neste caso para Palmela.
Em termos de práticos, o que muda agora no dia-a-dia da Autoeuropa? Até agora era uma fábrica que produzia monovolumes, depois passou para o T-Roc…
Essa transformação não aconteceu hoje, ela já aconteceu durante os últimos anos. Desde o lançamento do T-Roc em 2017, a fábrica se desenvolveu bastante nestes últimos 10 anos e continuamos a trabalhar nessa direção para continuar a otimizar a fábrica, continuar a otimizar os nossos processos e também produzir os carros aqui para os nossos clientes.
Foi referido o investimento de 270 milhões de euros na nova nave pintura e também num novo forno. Mas ao todo qual o investimento previsto não só para receber o modelo elétrico que resultará doconcept car ID. EVERY1, como agora para o novo T-Roc?
São 600 milhões de euros. A nova nave de pintura nova está incluída nisso, mas certamente com o projeto novo, do qual acabei de mencionar, iremos nos próximos anos consequentes também investir mais um valor que ainda não posso revelar.
Mas os 600 milhões que falava é da nave de pintura, da prensa, do forno…
Sim, e algumas outras coisas. Começamos a produzir, em breve, o novo T-Roc, o sucessor do modelo atual. Esse carro vamos começar a produzir nas próximas semanas e entrará no mercado português no começo do ano que vem. E todos os investimentos que fizemos para esse novo veículo, completamente novo, parte desses investimentos também estão nesses 600 milhões.
Em termos de números de produção, com o novo T-Roc, com a expectativa de trazer o novo modelo, e a fábrica está a elaborar ainda há três turnos, em quanto é que vai acrescentar? E também, em termos dos colaboradores, vai ou não ser necessário reforçar o número?
É um pouco cedo para dizer isso. Logicamente, temos um prognóstico, mas não é um valor que possa partilhar no momento, já porque os prognósticos dependem de muitos fatores. Eu acho que a boa notícia é, tendo dois modelos, temos uma boa perspetiva para a fábrica, isso que é importante. Com o novo modelo temos uma perspetiva muito boa para a Volkswagen Autoeuropa e para esta região, acho que isso é extremamente importante. E com o modelo adicional, o elétrico, a partir de 2027-2028, também ali temos uma perspetiva boa.
As novas tarifas não lhe causam algum tipo de receio podendo criar dificuldades para exportar?
O nosso plano é, com este carro elétrico, produzir um carro na Europa para os nossos clientes europeus. Eu acho que isso é um aspeto extremamente importante, eu diria, e não é só económico, eu diria até um ponto social e eu espero que os clientes europeus e portugueses também vejam isso também como um aspeto importante na hora de adquirir um carro.