
As receitas da Meo subiram 3,5% no primeiro semestre, face a igual ano de 2024, para 1.392 milhões de euros e no segundo trimestre evoluíram 4,6% para 695 milhões de euros, divulgou a operadora esta quinta-feira.
Entre abril e junho, excluindo o desempenho da Altice Labs, "o crescimento das receitas foi de 4,9%, beneficiando de uma melhoria de 4,8% no segmento Consumo, impulsionada sobretudo pelo negócio de energia, e de 4,5% no segmento de Serviços Empresariais", lê-se no comunicado.
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) da Meo caiu 3,4% no semestre, para 488 milhões de euros, e no segundo trimestre fixou-se em 244 milhões de euros, "refletindo uma ligeira redução de 1,1% face ao período homólogo".
Os dados do primeiro semestre de 2024 têm em conta o pro forma das operações da empresa Geodesia em territórios internacionais.
Excluindo o impacto do desempenho da Altice Labs no segundo trimestre, o "EBITDA registaria um crescimento de 1,0% em termos homólogos", e no semestre, o resultado ficaria quase inalterado (-0,2%).
No que respeita ao investimento, este somou 97 milhões no segundo trimestre, "refletindo um crescimento de 3,1% face ao período homólogo, com uma aposta clara na modernização tecnológica, na segurança digital, na expansão das infraestruturas críticas, desenvolvendo, continuamente, a qualidade da conectividade, promovendo a inovação, a excelência operacional e a construção de um futuro mais conectado, seguro e eficiente para todos os nossos clientes".
No semestre, subiu 2,2% para 197 milhões de euros.
A empresa liderada por Ana Figueiredo salienta que no segundo trimestre "a Meo Energia registou um crescimento sólido e expandiu significativamente a sua base de clientes, apesar de um contexto de mercado desafiante, marcado pela subida dos preços grossistas de energia e por uma concorrência intensa".
A base de clientes do negócio da energia "aumentou de 76 mil no final do segundo trimestre de 2024 para 188 mil clientes finais em junho de 2025", o que "representa 42 mil novas adesões líquidas desde o início do ano", refere a Meo.
"Este desempenho foi impulsionado por uma forte dinâmica comercial, pela introdução de planos tarifários inovadores, pela atratividade das ofertas combinadas de telecomunicações e energia, e por uma estratégia eficaz de 'cross-selling' dentro do ecossistema Meo", refere a empresa.
Segundo dados do regulador setorial ERSE de junho, a Meo Energia "captou 28% dos clientes que mudaram de fornecedor de eletricidade, o que permitiu reforçar a sua quota de mercado para 3,4%".
A base total de RGU [unidades geradoras de receitas], abrangendo serviços fixos e móveis, "atingiu aproximadamente 13,3 milhões, enquanto o número total de clientes únicos no segmento Consumo atingiu 1,7 milhões".
O total de serviços fixos apresentou uma "variação positiva de 0,3% face ao segundo trimestre de 2024, situando-se nos 6,0 milhões" e a base de clientes dos serviços de televisão por subscrição e de conectividade "aumentou 1,3% e 1,8%, alcançando 2,0 e 1,9 milhões, respetivamente".
No que respeita a base de clientes móveis pós-pago, esta atingiu 5,4 milhões e, "impulsionada pela oferta convergente, registou um acréscimo de 3,3% face ao segundo trimestre de 2024 e de 1,2% (+66 mil clientes) no segundo trimestre de 2025 face ao trimestre anterior".
No final de junho, a Meo tinha "6,6 milhões de casas cobertas por fibra ótica, refletindo o investimento realizado na modernização da infraestrutura fixa".
Segundo a empresa, "a cobertura populacional da rede móvel atingiu níveis elevados, com 96,95% na tecnologia 5G e 99,98% na rede 4G, assegurando uma experiência de conectividade robusta e fiável".
A Meo salienta que no segmento de Consumo do Negócio Fixo, cerca de 89% da base de clientes usa fibra ótica como tecnologia de suporte.
As receitas do segmento Serviços Emrpesariais cresceram 4,5% homólogos no segundo trimestre, para 330 milhões de euros, ou "de 5,1% excluindo a performance da Altice Labs (...) suportado principalmente pelos resultados sólidos na componente Não-Telco --- em particular nas atividades de soluções de tecnologias de informação e comunicação, 'cloud', 'cyberSecurity', serviços geridos/outsourcing e 'business process outsourcing'".
As receitas de telecomunicações, "que ainda representam a parte mais significativa deste segmento também continuaram a crescer, embora a um ritmo menor que as novas linhas de serviços", adianta a empresa
No segundo trimestre, "as receitas do segmento Wholesale registaram uma ligeira variação negativa em termos homólogos", sendo que o desempenho "foi principalmente influenciado pelo contributo desfavorável das receitas associadas ao MVNO [operador móvel virtual] e ao 'roaming in'".