Até março, o agrupamento de energia foi o que teve a taxa de variação negativa mais intensa, com -6,9%, contra -6,5% no último trimestre de 2024. Também os bens de investimento tiveram uma variação negativa, na ordem dos 5,7%, invertendo o crescimento de 2,3% entre outubro e dezembro do ano passado.

Os bens de consumo tiveram um crescimento de 0,4% no trimestre, abrandando face aos 0,8% no trimestre anterior.

O índice da produção industrial referente a março foi hoje divulgado pelo INE, que estimou uma contração homóloga de 5,5%, que representa uma descida de 6,7 pontos percentuais (p.p.) face ao crescimento de 1,2% em fevereiro.

Sem o agrupamento da energia, o índice agregado baixou 4,3%, contra a subida de 2,1% no mês anterior.

Em março, e pela primeira vez este ano, todos os grandes agrupamentos industriais tiveram recuos em termos homólogos.

A energia, com uma descida homóloga de 10,5%, apresentou o maior contributo para a queda do índice da produção industrial (-2,0 p.p.), seguindo-se os bens de consumo, cuja quebra homóloga de 4,6% - a primeira do ano -- resultou numa contribuição de -1,4 p.p. para o agregado.

Os bens de investimento recuaram 5,4% e os bens intermédios 3,3%, traduzindo-se em contributos negativos respetivos de 1,0 p.p. e 1,1 p.p., respetivamente.

Em termos mensais, a produção industrial recuou 4,0% em março, contra um crescimento de 4,7% em fevereiro, tendo todos os agrupamentos apresentado variações em cadeia negativas, com exceção da energia, que cresceu 15,4%.

JO // MSF

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