
A desistência do ministro espanhol da Economia, Carlos Cuerpo, e do ministro lituano das Finanças, Rimantas Sadzius, deixou o irlandês sozinho na corrida à presidência do Eurogrupo. Paschal Donohoe, que foi eleito pela primeira vez em junho de 2020, substituindo Mário Centeno na presidência daquela instituição, foi reeleito em dezembro de 2022 e agora conhece um terceiro mandato de dois anos e meio à frente daquela instituição europeia.
Donohoe era o candidato apoiado por Portugal. “Nós entendemos que o atual presidente do Eurogrupo reúne todas as condições para se manter nas funções, para ser reeleito, e daí o apoio de Portugal ao Paschal Donohoe”, disse o ministro das Finanças português, Joaquim Miranda Sarmento, à entrada nesta segunda-feira para a reunião dos ministros da Zona Euro.
Citado numa nota de imprensa do fórum informal dos ministros da Zona Euro, Paschal Donohoe reagiu: “Tem sido uma grande honra e privilégio exercer o cargo de presidente do Eurogrupo desde 2020. Estou muito grato aos meus colegas ministros pela confiança que depositaram em mim para continuar a liderar o nosso importante trabalho durante um terceiro mandato”.
Quem também reagiu através das redes sociais foi a presidente do Banco Central Europeu (BCE). Christine Lagarde deu os parabéns a Donohoe e acrescentou: “em tempos de crescente incerteza, este tipo de liderança firme é mais importante do que nunca”.
Donohoe tem 51 anos e é licenciado em Ciências Políticas e Económicas pela Universidade de Dublin (Trinity College). Ocupou várias pastas no governo irlandês; foi ministro dos Assuntos Europeus, ministro dos Transportes e ministro das Finanças.
O Eurogrupo é o organismo informal que junta os ministros da área do Euro para debater assuntos relacionados com a moeda única.
Depois de eleito, o presidente é responsável por presidir às reuniões do Eurogrupo e estabelecer as ordens do dia dessas reuniões, elaborar o programa de trabalho a longo prazo e representar o Eurogrupo nas instâncias internacionais.