O Moza Banco registou perdas de cerca de 1,9 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2025, revertendo os lucros líquidos de aproximadamente 150 mil euros alcançados em igual período do ano passado. A inversão de trajectória registada em igual período do ano passado deveu-se sobretudo ao impacto fiscal, que anulou o desempenho operacional positivo alcançado pela instituição.

De acordo com o relatório de demonstrações financeiras intercalares, o banco apresentou, antes de impostos, um resultado positivo de um milhão de euros. Contudo, o pagamento de três milhões de euros referentes ao Imposto sobre Rendimentos das Pessoas Colectivas – Taxa Liberatória – comprometeu o balanço final, empurrando o desempenho até Junho para terreno negativo.

Apesar do prejuízo líquido, o banco registou evolução no seu activo total, que subiu para 868,2 milhões de euros até 30 de Junho. O volume de crédito a clientes recuou para 256,7 milhões de euros, mas os depósitos, principal fonte de financiamento, cresceram 3% face ao final de Dezembro, atingindo 659 milhões de euros.

O passivo total situou-se em 740,2 milhões de euros, ligeiramente abaixo do registado no fecho de 2024, refletindo uma gestão prudente da estrutura de balanço.

De recordar que o Moza Banco passou a ser liderado, em 2016, pela sociedade gestora do fundo de pensões dos trabalhadores do Banco de Moçambique, após a saída do Novo Banco português, então accionista de referência com 49%. Desde então, tem procurado consolidar a sua posição no mercado, enfrentando os desafios do sector bancário moçambicano, marcado por elevada concorrência, regulação apertada e crescente pressão fiscal.