
Os acionistas do Mediobanca vão reunir-se em assembleia a 21 de agosto para decidir sobre a prossecução da oferta sobre o rival Banca Generali. Neste sentido, a Glass Lewis, consultora de ‘governance’, confirmou nesta quarta-feira que recomenda aos acionistas votarem favoravelmente a este investimento.
Inicialmente proposta para junho, esta assembleia foi adiada para setembro, porque havia a hipótese de a compra ser chumbada pelos acionistas, que, entre si, contam com participações tanto na Generali – a seguradora dona do banco visado – e no Monte dei Paschi di Siena (MPS), o banco que está a tentar, por sua vez, adquirir o Mediobanca.
Esta decisão da Glass Lewis, avançada pela agência Reuters, que teve acesso a um documento, junta-se à da Institutional Shareholder Services, que também recomendou a votação a favor na semana passada.
A operação em causa surgiu no final de abril. O Mediobanca, que está a tentar escapar à Oferta Pública de Aquisição do MPS, anunciou uma oferta de 6,3 mil milhões sobre o Banca Generali, que tenciona pagar entregando as suas ações na seguradora com o mesmo nome. O banco é o maior acionista da Generali, com cerca de 13%, uma participação avaliada em cerca de 6,5 mil milhões.
O Mediobanca fechou recentemente o ano fiscal com um lucro recorde de 1,33 mil milhões. Já o MPS terminou o primeiro semestre a lucrar 892,4 milhões, menos 23% face a 2024.
A OPA sobre o Mediobanca está em curso até 8 de setembro.