
O Governo angolano, através do Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo (IRDP), voltou a subir o preço do gasóleo de 300 para 400 kwanzas por litro, uma medida que entra em vigor a partir das 00h00 desta Sexta-feira, 04 de Julho
De acordo com um comunicado do IRDP, os preços de venda ao público dos demais produtos em regime de preços fixados, nomeadamente a gasolina, o petróleo iluminante e o gás de petróleo liquefeito, mantêm-se inalterados.
O documento recorda que o Executivo angolano deliberou o ajuste gradual dos Preços de Venda ao Público dos Produtos Derivados do Petróleo, para os níveis de mercado, de acordo com o Mecanismo de Ajustamento Flexível e paridade de importação ou exportação, nos termos do Decreto Executivo Conjunto 81/23, de 1 de Junho.
Entretanto, os combustíveis em Angola são subvencionados pelo Estado, que tomou a decisão política de gradualmente ir retirando esta subvenção, seguindo as recomendações do Fundo Monetário Internacional (FMI), o que ocorre desde 2023.
Recorde-se que no dia 23 de Março deste ano, o Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo havia anunciado o aumento o preço do gasóleo de 200 para 300 kwanzas por litro.
No 1.º trimestre deste ano, o Estado angolano gastou cerca de 662 milhões de dólares para importar 73% do combustível comercializado, como avançou o director-geral do Instituto Regulador dos Derivados de Petróleo (IRDP), Luís Fernandes.
O responsável, que apresava o relatório de actividades no período em referência, as quantidades adquiridas representam um decréscimo de aproximadamente 13% em relação ao trimestre anterior.
“O país não dispõe ainda de capacidade de produção local”, admitiu Luís Fernandes, explicando os produtos importados são provenientes de algumas praças internacionais, com realce para o Médio Oriente e as refinarias da Europa.
Entretanto, reforçou que Angola possui uma capacidade instalada de armazenamento de combustíveis líquidos em terra de 675.968 m³, que se manteve inalterada em relação ao trimestre anterior.
Do volume total comercializado no 1.º trimestre deste ano, segundo o director-geral do IRDP, apenas 930 toneladas métricas (TM) tiveram como origem a produção nacional.