
O Banco Central Europeu (BCE) publicou na semana passada a lista atualizada das instituições financeiras que se encontram sob a sua supervisão, direta e indireta. No total, são 114 entidades em toda a Europa, das quais 16 operam ou têm interesses em Portugal e estão diretamente sob a alçada do BCE.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o seu universo — Caixa Banco de Investimento e Caixa-Participações SGPS — estão sob a vigilância direta de Frankfurt, tal como o Millennium BCP e o Banco ActivoBank.
A instituição com supervisão mais alargada em termos de número de entidades é o Novo Banco. Não só a própria instituição está diretamente supervisionada pelo BCE, como também o Novo Banco dos Açores e as sociedades que, até há pouco tempo, eram as suas acionistas: a LSF Nani Investments e a Nani Holdings, ambas sediadas no Luxemburgo.
Recorde-se que a Nani Holdings, acionista maioritária do Novo Banco, celebrou em junho um memorando de entendimento para vender a sua participação ao grupo francês BPCE, num negócio avaliado em 6,4 mil milhões de euros. Dentro do universo BPCE, também o Banco Primus, que tem atividade em Portugal, está sob supervisão direta.
O Banco Best – Banco Electrónico de Serviço Total – é igualmente supervisionado diretamente pelo BCE.
O Banco BIC, apesar de integrado no universo Abanca, está sob supervisão direta. O BBVA Portugal encontra-se igualmente sob supervisão direta no âmbito do Grupo BBVA, tal como o Santander Totta, no Grupo Santander, e o Banco BPI, no Grupo CaixaBank.
Em termos de supervisão indireta — exercida através do Banco de Portugal, mas sob o enquadramento do BCE — encontram-se a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo e todas as caixas agrícolas a ela associadas, bem como o Banco Atlântico Europa, o Banco CTT, o Banco Finantia, o Banco Invest, o Banco Carregosa, o Banco Português de Gestão, o Bison Bank, o Banco de Negócios Internacional, o Haitong, o Itaú Europa, a Caixa Económica Montepio Geral, a Unicre e a SOFID.