A banca angolana registou uma deterioração dos indicadores e qualidade dos ativos no quarto trimestre de 2024, com aumento do risco de crédito, revelou nesta segunda-feira o Banco Nacional de Angola (BNA), mas demonstra solidez face aos riscos. O Comité de Estabilidade Financeira (CEF) do BNA, em comunicado, decidiu, face a essa avaliação, manter a reserva de conservação de capital em 2,50%, aplicável a todas as instituições financeiras bancárias.

O CEF manteve também a reserva de capital de instituições financeiras bancárias de importância sistémica doméstica (D-SIBs, na sigla inglesa) entre 1% e 2%, conforme a decisão da reunião que decorreu na sexta-feira passada, e tornada pública nesta segunda-feira. São instituições financeiras bancárias de importância sistémica em Angola os bancos BAI, BFA, BPC, SBA, KEVE, BCI, BMA, BNI, Banco Sol e o Banco Económico.

O setor bancário demonstrou durante os meses de outubro, novembro e dezembro de 2024 “solidez suficiente” para fazer face aos riscos da atividade financeira, à luz dos indicadores prudenciais, uma vez que estes se encontram dentro dos limites mínimos regulamentares, segundo o Comité de Estabilidade Financeira. Este organismo do BNA observa, no entanto, que nesse período persistiu a deterioração dos indicadores da qualidade do ativo, com o aumento do risco de crédito, a exposição ao risco soberano, “não obstante a sua tendência decrescente”, a concentração da atividade em algumas instituições financeiras bancárias e a limitada profundidade do mercado secundário de títulos.

A próxima reunião do CEF vai realizar-se em Luanda no dia 30 de maio de 2025.

Agência Lusa

Editado por Jornal PT50