
Os dados provisórios sobre a situação da segurança pública em Angola, na sequência dos recentes actos de vandalismo, arruaça e pilhagem registados em algumas províncias, apontam para 30 mortes confirmadas, incluindo a de um agente da Polícia Nacional, 277 feridos, dos quais 10 pertencem às forças de defesa e segurança, e 1.515 cidadãos detidos.
Os dados foram apresentados esta Quinta-feira, 31, pelo porta-voz da Polícia Nacional de Angola (PNA), Mateus de Lemos Rodrigues, avançando que os julgamentos já começaram a ser realizados, e que as autoridades esperam que os responsáveis sejam devidamente condenados.
Durante a sua intervenção, o subcomissário reafirmou que, apesar dos episódios isolados de perturbação da ordem registados nos dias 28, 29 e 30 de Julho, a situação de segurança pública no país é considerada estável.
Mateu Rodrigues aproveitou a ocasião para condenar veementemente os actos de violência ocorridos nas províncias de Luanda, Benguela, Cuanza-Norte, Bengo, Huíla, Malanje, Uíge e Lunda-Norte.
“Mais uma vez, queremos repudiar publicamente estes actos bárbaros que atentam contra a ordem pública e o bem-estar das populações. As forças de defesa e segurança continuam mobilizadas e prontas para responder a qualquer tentativa de instabilidade”, frisou.
Segundo o porta-voz, os dados provisórios apontam para 30 mortes confirmadas, incluindo a de um agente da PNA, 277 feridos, dos quais 10 pertencem às forças de defesa e segurança, e 1.515 cidadãos detidos.
Em relação aos danos materiais, as autoridades angolanas confirmam o registo de vandalização de 118 estabelecimentos comerciais, 24 autocarros de transporte público, mais de 20 viaturas civis e operacionais das forças de segurança, incluindo uma ambulância e uma motorizada.
O subcomissário Mateus Rodrigues destacou ainda a circulação de informações falsas e vídeos descontextualizados nas redes sociais, muitas vezes referentes a incidentes antigos ou ocorridos noutros países, com o intuito de espalhar o pânico e semear a instabilidade.
Reforçou que não foi decretado nenhum recolher obrigatório e alertou a população para não se deixar levar por boatos.
“As forças continuam nas ruas, assegurando o restabelecimento da ordem e o regresso à normalidade. A situação está calma e controlada”, garantiu, agradecendo também o apoio de cidadãos de bem e formadores de opinião que, a nível comunitário e nas redes sociais, têm desempenhado um papel fundamental na promoção da estabilidade e do civismo, colaborando com as autoridades para evitar a escalada da violência.