
A Autoridade Monetária de Singapura (AMS) revelou nesta sexta-feira que multou nove instituições financeiras no valor total de 27,4 milhões de dólares (23,2 milhões de euros) por violação das normas respeitantes ao branqueamento de capitais. O caso remonta a agosto de 2023 e relaciona-se com a compra de barras em ouro e carros de luxo.
Aquele organismo considerou que vários colaboradores das instituições visadas não cumpriram com as regras em vigor para a prevenção do branqueamento de capitais e combate ao financiamento do terrorismo.
A aplicação das multas teve como critérios o grau de exposição do intermediário financeiro, o número de infrações cometidas e o grau de debilidade dos mecanismos de controle interno de cada instituição.
Os mais penalizados foram o Crédit Suisse Singapura com 5,8 milhões de dólares de multa (4,9 milhões de euros), seguindo-se o United Overseas Bank Limitedcom 5,6 milhões (4,7 milhões de euros), o UBS AG Singapura com três milhões (2,5 milhões de euros) e o Citibank com 2,6 milhões de dólares (2,2 milhões de euros).
As infrações foram detetadas durante um exercício de supervisão que compreendeu os anos de 2023 até agora. Todos os bancos tinham políticas de combate ao branqueamento e ao financiamento do terrorismo, mas aplicavam de modo incoerente e deficiente essas normas. As instituições financeiras foram corrigindo a pouco e pouco esse quadro regulatório sempre acompanhadas pela supervisão da AMS.
Entre algumas regras que não estavam a ser cumpridas, destaca-se a deficiente avaliação do risco do cliente, não verificação do património do cliente e da sua origem, deficiente acompanhamento das transações consideradas como “suspeitas”, através da classificação dos próprios bancos, falta de acompanhamento de transações invulgarmente grandes feitas por clientes sem perfil para realizarem aquele tipo de operações.