O director de negócios financeiros móveis da Unitel Money, Ricardo Cardoso, defendeu esta Terça-feira, 19, em Luanda, a inclusão da moeda digital no pagamento de taxas, impostos e licenças, assim como a utilização de carteiras digitais para desembolso governamentais (pagamentos de subsídios e apoios sociais).

“Com a moeda electrónica, temos aqui a oportunidade de chegar em zonas em que o seguimento tradicional, que é a banca, não chega”, disse o responsável, que considerou que o desafio da inclusão financeira é complexo e multidisciplinar, pois requer o envolvimento de várias entidades e pode implicar alteração estruturais.

Os serviços financeiros móveis ainda são uma limitação para muitos angolanos, lamentou o responsável, que falava no primeiro painel do Ciclo Anual de Conferências, promovido pelo Banco Nacional de Angola, sob o tema “Procedimentos para o Exercício de Actividade no Sector Financeiro não Bancário”.

Ricardo Cardoso afirmou que o futuro é o digital, assegurando que Angola tem tudo para se tornar líder m África da moeda digital, a julgar pela forma como vai transacionar.

Par o director de negócios financeiros da Unitel Money, existem quatro factores críticos de sucesso para garantir a inclusão financeira em Angola, nomeadamente a simplificação de abertura de conta e soluções de identificação electrónica sem documentos oficiais, adopção das carteiras de moeda electrónica pelas instituições governamentais, contexto legal, regulatório e fiscal adoptados e sustentabilidade económica dos prestadores de serviço de pagamento.

A conferência visa reforçar a partilha de conhecimento sobre regras e procedimentos para o licenciamento e registo do exercício de actividade para a prestaçao de serviços financeiros no sector não bancário em Angola, bem como gerar incentivos aos investidores e novos players para formalização do exercício da actividade, com vista a ampliar os níveis de inclusão financeira e fomentar a diversificação do sector real da economia.

O encontro contou com a presença de especialistas nacionais e internacionais, membros do Conselho de Supervisores do Sistema Financeiro, bem como representantes de instituições financeiras bancárias e não bancárias, associações empresariais e académicos.