O grego Alpha Bank teve um final de semana intenso, tendo anunciado nesta quinta-feira que chegou a acordo para a compra do Astrobank do Chipre e, nesta sexta-feira, comunicou ao mercado que teve um resultado líquido de 861 milhões de euros. O banco teve um crescimento de 9,3% no lucro face a 2023.
A compra do Astrobank vai dar-se através do Alpha Bank Cyprus e espera-se que esteja concluída até ao final do ano. O pequeno banco do Chipre conta com 15 agências, 2,2 mil milhões de euros em depósitos e 800 milhões em empréstimos.
A Agência Reuters destaca o crescimento dos bancos gregos, ajudado pelas margens financeiras e o recuperar da economia grega. O banco grego ajustou as suas previsões e espera agora um ganho de 42 cêntimos por ação até 2027. De destacar que os bancos do país só obtiveram autorização do Banco Central Europeu para distribuir dividendos no ano passado, após 16 anos da intervenção estatal na banca, fruto da crise financeira de 2009.
A margem financeira do Alpha Bank quase não sofreu alterações de 2023 para 2024, fixando-se em 1,65 mil milhões de euros. As comissões aumentaram 12,2% em termos homólogos para 420 milhões. O rácio NPE do banco reduziu de 4,6% para 3,8%. O banco vai distribuir 281 milhões de euros em dividendos.
Recorde-se que a consolidação bancária a nível europeu acelerou no último ano. Aqui ao lado, em Espanha, o BBVA está na luta pela compra do rival Sabadell. Em Itália, já são várias as tentativas de aquisição. O Banco BPM lançou uma oferta sobre a gestora de fundos Anima Holding em novembro – e que atualizou nesta sexta-feira -, tendo sido surpreendido duas semanas depois com uma oferta de aquisição pública (OPA) sobre si pelo rival UniCredit. O mesmo UniCredit que antes já havia começado a aumentar a sua posição no alemão Commerzbank, algo que continua. Entretanto, desde o início do ano, o Banco Ifis fez uma oferta sobre o Illimity, o Monte dei Paschi lançou uma OPA sobre o rival maior Mediobanca e, mais recentemente, o BPER fez uma oferta ao Banco Popolare di Sondrio.