
A Net-Zero Banking Alliance (NZBA) anunciou, nesta quarta-feira, que colocou aos seus associados uma proposta de alteração à estrutura e modelo de funcionamento da aliança. Esta mudança vai ser julgada e votada pelos membros associados até ao final de setembro, altura em que o resultado vais ser revelado.
A NZBA adianta ainda que suspendeu as suas atividades enquanto os seus membros votam.
Segundo o comunicado da NZBA, esta iniciativa parte de ‘inputs’ de membros ao Grupo Diretor da organização. A proposta da direção é de deixar a estrutura baseada numa adesão voluntária dos membros para instituir uma organização orientadora para os agentes do setor.
A instituição “acredita que este é o modelo mais adequado para continuar a apoiar os bancos em todo o mundo a manterem-se resilientes e a acelerarem a transição da economia real, em conformidade com o Acordo de Paris, bem como para continuar o envolvimento com o setor bancário global no desenvolvimento de mais orientações e ferramentas necessárias para apoiar os bancos e os seus clientes”.
A NZBA deixou ainda um apelo a que o setor bancário permaneça “firme na implementação dos seus compromissos de emissões zero” e defende ainda que “existe uma grande oportunidade para os bancos e as principais partes interessadas aproveitarem os resultados da aliança e acelerarem as ações em prioridades fundamentais”.
Esta medida surge após, nos últimos meses, a aliança ter visto a sua base de membros reduzir, especialmente no que toca aos bancos americanos. Também vários bancos japoneses, australianos e europeus abandonaram esta organização. A eleição de Donald Trump veio espoletar isto, com o presidente norte-americano a deixar críticas a empresas que seguem políticas de sustentabilidade. O HSBC, o Barclays e o UBS foram as entidades mais recentes a sair desta aliança.