
O Governo anunciou esta quarta-feira que finalizou a reprogramação das agendas mobilizadoras e verdes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que o resultado alcançado foi um reforço dos apoios em 319 milhões de euros, o que faz subir para 3 mil milhões de euros a dotação global destes projetos.
Em comunicado, a tutela dos fundos europeus revela que o processo de revisão analisou 37 pedidos apresentados por consórcios e envolveu 1757 entidades, sendo que o objetivo desta reprogramação foi ajustar as agendas à nova calendarização do PRR, que prolongou os prazos: os produtos, processos e serviços apoiados terão de estar concluídos até 30 de junho de 2026, enquanto a execução financeira deverá ficar fechada até ao final desse ano.
Para o ministro da Economia e da Coesão Territorial, as agendas mobilizadoras são “um excelente veículo para uma aliança entre as empresas e o sistema científico e tecnológico, que permite acelerar a inovação produtiva e a reindustrialização sustentável”. Manuel Castro Almeida sublinha ainda que este exercício garante a execução dos projetos e reforça setores estratégicos capazes de impulsionar o crescimento económico do país.
Desta forma, as áreas que mais beneficiaram do reforço foram a aeronáutica e espaço, as tecnologias de informação e comunicação e os transportes, mobilidade e logística, consideradas estratégicas para a inovação e a soberania tecnológica. O setor da defesa e da aeronáutica destacou-se como o que recebeu o maior aumento de apoios; a fileira da energia, por seu turno, registou uma redução, após uma reavaliação técnica que concluiu pela necessidade de ajustes devido à maturidade das tecnologias em causa.
De recordar que as agendas mobilizadoras e verdes do PRR financiam projetos colaborativos que abrangem todo o ciclo de inovação - desde a investigação até à produção - e visam modernizar o tecido empresarial português, aumentar a competitividade e acelerar a transição para uma economia mais sustentável e digital. O investimento total associado aos projetos atinge os 7,3 mil milhões de euros, dos quais 5,3 mil milhões são elegíveis para apoios comunitários.