Rui Silva (6) — Uma noite bem descansadinha para o guarda-redes dos leões, que, pasme-se, tocou pela primeira vez na bola aos 31 minutos. Apenas uma defesa apertada, já o jogo ia alto (90+3) e mostrou atenção quando não seria tão fácil como se poderia esperar, uma vez que estava a frio. De resto, jogou muito perto da marca de grande penalidade e esteve bem nos lançamentos com... os pés.

Fresneda (6) — Está a sentir o bafo de Vagiannidis, que acabou de chegar para, provavelmente, ser titular. Não se destacou por aí além, é verdade, mas foi competente na principal missão de um defesa, essa mesmo, defender. Interessante a dinâmica de quando subiu no relvado ter procurado, muitas vezes, zonas interiores, deixando a faixa aberta para primeiro Catamo e depois Quenda procurarem a profundidade.

Diomande (7) — Uma monstruosidade em termos físicos, que faz valer, cada vez mais, o seu sentido posicional para ganhar a maioria dos lances perante adversários mais atrevidos. Em termos de jogo aéreo, mostrou-se insuperável. Talvez lhe falte um pouco de velocidade de reação e de capacidade de passe na primeira fase de construção mas, na verdade, continua a provar que foi um achado do Sporting que o descobriu no Mafra. Saiu lesionado e os leões temem por uma ausência prolongada.

Gonçalo Inácio (6) — Sentido posicional numa defesa que não foi colocada à prova assim tantas vezes. Porém, continua a denotar um pouco de falta de confiança num aspeto em que é fortíssimo: a capacidade de desbloquear linhas com passes longos logo na primeira fase de construção.

Maxi Araújo (7) — E foi uma vez, e foi duas vezes e foi três, quatro, cinco, dez, vinte. Foi tantas vezes à linha de fundo para cruzar, ele que jogou a lateral-esquerdo, que rebentou em termos físicos. E demonstrou que acrescentou mais um item ao seu portfólio, o jogo de cabeça, pois num golpe bem medido viu a bola esbarrar na trave (33').

Hjulmand (7) — Gigantesco no meio-campo, acorrendo a todos os lances defensivos, a marcar o compasso da equipa e a ainda a dar um passo de dança para colocar as bancadas leoninas em êxtase ao apontar o segundo golo, num remate muito bem medido.

Morita (7) — Se alguém não percebia a razão pela qual a SAD do Sporting não se importa de o perder a custo zero daqui a um ano mas aproveitar as qualidades do japonês em 2025/26, a exibição em Rio Maior ajuda a explicar a decisão dos dirigentes sportinguistas, uma vez que andou por todo o lado e mais algum. Defendeu, atacou, andou pela esquerda, pela direita, pelo meio e teve o seu melhor desempenho, seguramente, desde novembro de 2024...

Geny Catamo (5) — A exibição menos conseguida na equipa de Rui Borges, ele que, de momento, tem a responsabilidade acrescida de envergar a mítica camisola 10. Até arrancou bem, pois logo aos sete minutos, furou pela direita, mas, a partir desse momento, mostrou-se demasiado inconsequente.

Pedro Gonçalves (7) — Quem é um apreciador das imensas qualidades do popularíssimo Pote matou um pouco as saudadese, . Num daqueles seus passes à baliza que normalmente resultam em golo, obrigou Patrick Sequeira a uma defesa magistral (18') e o passe para o remate certeiro de Trincão é absolutamente fantástico.

Luis Suárez (7) — Serão inevitáveis a comparações com Gyokeres pelo dinheiro que custou e pela marca que o sueco deixou em Alvalade, mas embora não seja tão letal, deixou excelentes indicações: muito associativo, pressionante, excelente nos tempos de rotura e só não marcou porque Patrick Sequeira foi um inimigo fidagal, com três defesas fantásticas a impedir golos do colombiano.

Ricardo Mangas (6) — Entrou a frio, ele que foi apresentado na quinta-feira e jogou na sexta. Grande verticalidade e velocidade, mas falta ainda melhor capacidade de decisão no último terço.

Quenda (6) — Bom posicionamento e mais assertivo do que Geny no ataque.

Debast (6) — Certinho a defender e muita qualidade na saída de bola.

Harder (5) — Imensa vontade mas pouco acerto na hora do ataque à baliza casapiana.

Kochorashvili (6) — Chamado ao encontro já na fase final e não se notou diferença na dinâmica dos leões. Ficou pertíssimo do golo, mas Tchamba cortou em cima da linha.