Apesar de ter saído de Alvalade com uma derrota pesada diante do Sporting (6-0), e respetiva eliminação da Taça de Portugal, Álvaro Madureira, treinador do Amarante, não escondeu o orgulho na "coragem" dos seus pupilos, que de igual forma também sublinharam a entreajuda da equipa e a presença dos adeptos no estádio.

"Sabíamos que a nossa estratégia iria perdurar até que o Sporting conseguisse impor a sua diferença de qualidade, que é notória. Não há que fazer rodeios. Infelizmente o primeiro golo veio muito cedo e a equipa passou mal. Tentámos, mesmo no pontapé de baliza quisemos jogar, na primeira fase de construção. Mas a capacidade do Sporting fez-se notar. Saímos daqui com uma derrota pesada, mas que tentámos que não fosse. A equipa trabalhou e foi organizada, mas há uma grande diferença", começou por referir Álvaro Madureira, ao Canal 11.

Ainda assim, retira algo de positivo hoje?
"Claro. Ter um grupo que perante um estádio cheio quer jogar, quer ter personalidade para fazer o Sporting correr um bocadinho, não dar a bola de barato... É preciso coragem. Mesmo com o resultado volumoso, a equipa tentou. Tiramos acima de tudo essa atitude competitiva. Pode parecer que não saímos daqui com dignidade, mas saímos. A equipa deu o seu melhor".

Que mensagem passou aos jogadores no final?
"Ainda não passei, mas vou dizer que estou orgulhoso deles. O nosso campeonato retoma para a semana e temos de dar uma resposta".

Para os que hoje viram pela primeira vez o Amarante, o que pode dizer a essas pessoas?
"Foi uma equipa totalmente diferente hoje, sabíamos que não podíamos ter uma zona de pressão tão alta. Se déssemos 30 ou 40 metros nas nossas costas, o resultado se calhar teria sido diferente. Mas somos uma equipa com potencial e acho que isso se nota no percurso que estamos a fazer. Estejam atentos porque vamos fazer coisas bonitas".

Diogo Vila, capitão do Amarante, ao Canal 11

Leitura do jogo...
"Antes de mais, agradecer a presença dos nossos adeptos. Tentámos dar a nossa vida por eles. Sabíamos e sabemos do poderio do Sporting. Sofremos cedo e isso abalou um bocado a equipa. Depois sofremos o segundo e isso acumulou no nosso desgaste emocional. Depois tentámos assentar o jogo. A 1.ª parte não foi bem conseguida, mas tentámos representar o clube e a cidade. O resultado foi volumoso, temos de levantar a cabeça agora".

Que pontos positivos há a retirar? O que podemos esperar do Amarante?
"Depois de hoje, os laços ficaram ainda maiores. O resultado não define a nossa amizade e entreajuda. A nossa união ficou ainda mais vincada. Vamos trabalhar para atingir o nosso objetivo no campeonato. Hoje não conseguimos, mas é de louvar as pessoas que vieram aqui de muito longe. Ainda estamos muito emocionados pela presença deles e é isso que podemos reter deste jogo".

Que memórias ficam do jogo de hoje?
"Com a presença dos nosso adeptos em especial, não há palavras. É um prazer enorme estar aqui com o Amarante. É o meu clube, a cidade onde nasci, e não tenho palavras para descrever a alegria que tenho por ter estado neste estádio tão mítico com o Amarante".

Didi, guarda-redes do Amarante, à Sport TV

O que leva deste jogo?
"Saímos daqui muito orgulhosos. Conseguimos mostrar a nossa qualidade de alguma forma, mostrámos as nossas ideias. Viemos como uma família e vamos sair como uma família. Sabíamos a dificuldade que era ganhar ao Sporting, era quase impossível. É um nível completamente diferente. Ainda por cima apanhámos o melhor Sporting da história, não tenho dúvidas nenhumas. Mas saímos daqui orgulhosos e de cabeça erguida".

Que principais diferenças notam na diferença de jogo entre divisões?
"É sem dúvida a técnica individual dos jogadores. Eles fazem parecer fácil, não falham receções nem passes e encontram sempre espaços. Têm outro andamento e é um orgulho termos defrontado o Sporting. Temos de trabalhar para um dia chegarmos a este nível".

Ka Semedo, ponta-de-lança do Amarante, à Sport TV

Que principais dificuldades sentiu no jogo?
"O Sporting é uma equipa muito forte nas transições e era impossível travá-los. Com este Sporting, a jogar assim, não foi fácil, mas ficamos orgulhosos porque tentámos fazer tudo. Agora é voltar à nossa realidade e trabalhar para domingo estarmos em grande no nosso campeonato".

O que a equipa leva daqui de Alvalade?
"Levamos o sentimento de orgulho, porque demos a mão uns aos outros e fizemos tudo, mas não foi possível. Agora é trabalhar e preparar o nosso campeonato".

Retirou muitas dicas de Gyökeres e Harder?
"Com certeza. Claro que aprendemos muita coisa com estes jogadores, é um incentivo muito grande, e tentamos retirar do máximo que eles fizeram. É colocar em prática nos treinos e no próximo domingo fazê-lo no jogo".