Surpresa em Jedá! O Kawasaki Frontale qualificou-se para a final da Champions da Ásia ao derrotar (3-2) o super favorito Al Nassr, que não passou de uma caricatura de si próprio. Julgaria o conjunto de Stefano Pioli que seriam favas contadas? Desprezou o valor da equipa japonesa? A verdade é que pagou bem cara a exibição medíocre e falhou rotundamente na antecâmara do principal objetivo da época. A turma nipónica foi aquela que mais quis marcar encontro na final de sábado com o Al Ahli, que afastara na véspera o Al Hilal de Jorge Jesus.

O Kawasaki Frontale faturou por Ito (10'), Ozeki (41') e Ienaga (76'). O primeiro golo foi uma bomba indefensável ao ângulo. Osegundo foi fruto da aselhice, laxismo e permissibilidade de um Al Nassr... em hibernação. Oterceiro surgiu de uma abordagem inadmissível de um Laporte a passo de caracol. Cristiano Ronaldo atuou os 90 minutos, tal como Otávio, e tentou remar contra a maré. Cabeceou ao ferro, ensaiou um pontapé de bicicleta, esteve perto de marcar de livre. Quem faturou pelo Al Nassr? Mané (28') e Yahya (87').

Stefano Pioli viu a contestação aumentar e deu o peito às balas. "Assumo total responsabilidade pelo que aconteceu. É difícil falar sobre o jogo. Não fomos bons, cometemos demasiados erros. Arriscámos na 2.ª parte, não havia alternativa. O adversário não me surpreendeu. Fiquei, isso sim, surpreendido com a nossa exibição pobre. Perdemos muitas divididas, bastantes duelos no miolo. Compreendo a tristeza dos adeptos, também compreendo as críticas. Estamos preparados para elas, pois a derrota é um dos resultados possíveis no futebol. O problema não é o treinador nem os jogadores. Hoje fomos maus, às vezes isso acontece. Não iremos desistir, a partir de agora vamos pensar no campeonato", afirmou o treinador do Al Nassr.