Rui Borges, treinador do Sporting, realizou, este sábado, a conferência de imprensa de antevisão ao duelo diante do AFS, em jogo a contar para a jornada 23 da Liga Portugal Betclic.

O técnico leonino comentou algumas das declarações de Frederico Varandas [presidente do Sporting de uma entrevista às plataformas oficiais do clube], falou das lesões na zona central do meio campo, das ausências e do regresso de Gyokeres e Trincão.

Rui Borges em discurso direto:

Análise ao AFS: «Vamos defrontar uma equipa que mudou de treinador há pouco tempo, um treinador que conheço normalmente porque as suas equipas são organizadas e competitivas. Vamos encontrar um AVS competitivo, acima de tudo. Uma equipa que vai jogar contra o campeão nacional, que joga em casa, e que terá certamente uma ideia nova com o seu treinador e a querer fazer as coisas de melhor forma. Quando há uma mudança de treinador há sempre uma mudança de chip e esperamos isso. Mais do que o AVS, temos de sentir que seremos capazes de fazer um bom jogo e de voltarmos a ganhar.»

Indisponíveis e elogios de Varandas: «Agradeço. É uma questão de confiança. Desde o primeiro dia que aqui cheguei que o diálogo, a confiança, o sentimento de ajuda e daquilo que é a missão Sporting é mútua e bem esclarecida entre todos. Há uma confiança enorme do presidente desde que aqui chegámos, mesmo do Hugo [Viana] na altura e agora do Bernardo ou do Flávio. O ambiente tem sido fantástico, muito bom mesmo. O ambiente na Academia é muito bom mesmo e não digo isto só para atirar para o ar. É verdade. Feliz pela confiança, mas é algo que o sinto diariamente, não precisava de fazê-lo publicamente. Tenho sentido isso desde que aqui cheguei. Indisponíveis? Há o João Simões, que infelizmente sofreu uma lesão e que, penso eu, não jogará mais o resto da época. O Morten estava como castigado e está lesionado também. Temos pelo menos a boa notícia de o Ousmane poder dar o contributo à equipa.»

Momento difícil ao nível de ausências, em especial, no meio campo: «Não é momento difícil nenhum. É voltar a dizer aquilo que tenho dito: eu quero é arranjar soluções. Não estamos aqui para lamentar nada. É o que é. O futebol é isto. 'Se fosse buscar dois médios...', mas não tenho. O plantel é este, e é bom. Infelizmente, estamos com estas lesões que não controlamos. É o que é. Vamos entrar com 11 jogadores e vamos ser competitivos. É certo que não temos jogadores de origem [no meio campo], mas temos jogadores que estão motivados para ajudar. Arranjaremos alternativas de certeza absoluta. Sinto a equipa alegre.»

Palavras de Varandas sobre «abdicar» da Taça da Liga: «É natural e acho que quem manda deve mesmo olhar para este acumular de jogos infinitos. O acumular de jogos leva muito a isso [lesões traumáticas]. Mais do que estar a dizer que vamos abidcar ou se concordo, é natural que ao haver tantos jogos, e sentir o que nos está a acontecer, não só a nós mas a muitas equipas, é natural que o presidente tenha dito o abdicar, mas não acho que seja a 100 por cento. A Taça da Liga pode passar a ser um objetivo secundário e é normal que o presidente o faça. Gyökeres e Trincão de volta? Disse antes do jogo de Dortmund que era só gestão. Treinaram normal, por isso, estão para jogo.»

Está desiludido, tendo em conta as expectativas que tinha quando aceitou vir para o Sporting? «Jamais estaria desiludido, não me façam essa pergunta. Falo do meu passado. Há sete anos começava no Mirandela. Só não há solução para um problema na nossa vida, infelizmente. De resto, há para tudo. Estou muito feliz por poder ser treinador do Sporting, independentemente de tudo o que aconteça. Sinto harmonia naquilo que é a nossa liderança entre treinadores e jogadores. Não podia estar mais feliz. Tentámos ser sempre o melhor possível. Jamais diria em algum momento que estaria desiludido.»