O Sporting vai enfrentar esta sexta-feira o Casa Pia na primeira jornada da Primeira Liga. Rui Borges já falou aos jornalistas.

Rui Borges já fez a antevisão ao Casa Pia x Sporting para a primeira jornada da Primeira Liga, um jogo que está marcado para esta sexta-feira às 20h15 em Rio Maior. Em conferência de imprensa, Rui Borges começou por deixar uma mensagem de condolências pela morte de Jorge Costa:

«Quero enviar as condolências e um abraço de conforto à família do mister Jorge Costa, a toda a família portista. Tem sido um ano difícil para o futebol português».

Rui Borges falou sobre o Sporting pós-Supertaça:

«A equipa está bem, foi uma boa semana de trabalho, com uma resposta muito boa depois de não termos conseguido vencer um troféu que queríamos e fizemos por merecer. Há boa energia e energia e sentimento para o que será o jogo».

Rui Borges fala sobre as contratações de Vagiannidis e Ricardo Mangas:

«São boas opções para as laterais, jogadores que tínhamos identificado. O Vagiannidis vinha de há algum tempo bastante referenciado. Demos valor ao plantel para aquilo que será as competições em que estamos inseridos. Queremos dar boas soluções».

Rui Borges deixou fortes elogios ao Casa Pia, primeiro adversário do Sporting na Primeira Liga 2025/26:

«É um Casa Pia que manteve uma base muito grande da época passada, tem os princípios bem definidas. Só perderam cinco vezes, em casa, na época passada. Tirou pontos a Benfica e Sporting de Braga, por exemplo. É uma equipa que fez a melhor época de sempre, por isso, está motivada, bastante equilibrada. Não faz muitos golos, mas também não sofre muitos. É bastante competitiva e organizada, à imagem do treinador. Jogam em casa, contra os campeões nacionais, por isso, temos de ter noção que vai ser um jogo bastante difícil, tal como na época passada».

«Não podemos entrar a pensar que, por sermos campeões nacionais, é um jogo em que, mais tarde ou mais cedo, faremos o golo e sairemos com os três pontos. Queremos muito os três pontos, mas temos de levar na cabeça em como vamos defrontar uma equipa que nos vai causar problemas», completou.

Rui Borges foi questionado sobre a possível contratação de Jota Silva:

«Não é jogador do clube, não vou falar sobre ele. Uma coisa é certa, estamos cientes daquilo que queremos, daquilo que precisamos, desde sempre. Essa sintonia está bem clara».

Rui Borges falou sobre Luis Suárez e Conrad Harder, sem revelar quem será titular contra o Casa Pia:

«Trabalhou para jogar, tal como o Harder. Entregaram-se muito ao treino e ao que foi pedido ao nível da estratégia e do avançado. São duas boas soluções, com caraterísticas diferentes. Dentro do que pensamos que for melhor, logo se verá quem entrará».

Rui Borges falou sobre a “fome” que Ruben Amorim dizia:

«Isso da fome… Se perguntar a todos os treinadores, vão dizer que querem jogadores com fome. Fala-se muito disso, eu também, não fujo a isso. Em relação ao facto de o Sporting ter sido bicampeão com dobradinha… Eles têm de ter a noção de que é passado. Apesar de não termos conseguido sair vitoriosos da Supertaça, deram uma demonstração daquilo que querem para a época. Foram capazes, demonstraram que não se cansam de vencer, que têm uma capacidade de correr atrás de vitórias. Isso, para mim, foi claro. Estou super tranquilo, acredito muito na capacidade do grupo».

Rui Borges foi questionado sobre o futuro de Ricardo Esgaio, Jeremiah St. Juste e Diogo Travassos:

«São jogadores que fazem parte do plantel, trabalham com o plantel, por isso, são jogadores que fazem parte».

O quão importante é para o Sporting entrar a vencer?

«É importantíssimo, até para dar essa confiança ao grupo, para começarmos com uma fase positiva, de motivação e confiança, até para quem chega. Agora, também temos noção de que vamos defrontar uma equipa que está super motivada por defrontar o Sporting, que joga em casa, que fez um belíssimo campeonato. Já demonstrámos que somos capazes de ganhar, temos de arranjar forma de essa fome existir a toda a hora. Não podemos estar contentes com o que ganhámos. É passado, vai estar lá no museu, quando passarmos lá, mas o que importa é o presente. Estamos em igualdade com todos os outros, e vamos ter de fazer o dobro daquilo que fizemos na época passada para ganhar, porque, cada vez mais, vai ser difícil ganhar».

Rui Borges falou sobre a quantidade de defesas-centrais no plantel do Sporting:

«As soluções existem e temos de dar resposta. A época vai ser longa, com muitos jogos, muitas competições, felizmente, e temos de estar preparados, com mais e melhores soluções. É nessa perspetiva que temos vindo a acrescentar. Eu cresci a ver o Matheus Reis a lateral… Há jogadores que dão várias soluções. O Eduardo Quaresma é um central. Tem feito, em vários momentos, de central e lateral. É um miúdo que tem muitas condições e que dá soluções diferentes a Fresneda e Vagiannidis, por exemplo, como do resto dos centrais. Estou feliz com as soluções que temos, não me mete confusão nenhuma».

Rui Borges diz que Ricardo Mangas e Georgios Vagiannidis estão prontos para serem utilizados:

«O Mangas já estava em jogos oficiais, na Rússia. O Vagiannidis também, nas competições europeias, pelo que estão fisicamente preparados. Claro que têm de entrar no conhecimento coletivo do que é o Sporting, mas são dois jogadores que estão disponíveis para jogo, a 100%».

«O Luis Suárez não tinha jogo. Chegou ao jogo com o Benfica sem jogo nenhum, por isso… Entrou muito bem, tal como o Kochorashvili. Veio de um ano muito difícil e muito desgastante a nível físico, tivemos de ter algum cuidado, numa fase inicial, por todos os problemas físicos que teve, na anterior equipa, mas têm dado uma resposta muito boa. Terão de esperar pela oportunidade do mister», disse ainda.

Rui Borges falou sobre Geovany Quenda:

«O Quenda tem dado uma resposta fantástica, é um miúdo que está muito bem, ao contrário do que aconteceu no final da época passada, quando caiu um bocadinho, se calhar, por tudo o que mexeu com ele. Não nos podemos esquecer de que é um miúdo de 18 anos, e caiu ao nível do rendimento. Este ano, está muito bem. Requer só uma oportunidade, tal como o Geny Catamo. Tem dado uma resposta fantástica, e acredito que fará uma grande época, no Sporting. O mercado também nos vai dizer isso… Fazem todos parte do plantel, são solução. Não me preocupa, vamos ter de dar resposta a muitas coisas. Dão soluções e dores de cabeça ao treinador. Deixa-me tranquilo para o futuro».

Como estão as situações de Nuno Borges e Daniel Bragança?

«Estão a evoluir dentro dos prazos e da gravidade das leões. É uma luta difícil de ambos, mas deixa-me feliz, porque são lutadores natos e demonstram uma alegria enorme dentro dos problemas que têm dito. São dois guerreiros enormes, deixa-me feliz vê-los com vontade de regressar o mais rapidamente possível».

Rui Borges fala ainda sobre as críticas ao 4-3-3:

«A crítica faz parte, seja em que sistema for, é subjetivo. Não queria entrar muito no sistema, porque tem-se falado, mas, olhando para o jogo, há coisas que mudam, coisas que não mudam… O sistema é só um início, depois, há que dar mobilidade ao jogo e à equipa. Mais do que o sistema, a intenção é sermos melhores, porque perdemos uma referência importante nos dois últimos anos e temos de arranjar forma de nos reinventar a cada ano que passa, porque ganhámos dois anos seguidos e não vai chegar ser só o que éramos».

«Temos de reinventar-nos, e é nessa perspetiva de acrescentar algo à equipa que queremos ser diferentes, sem abdicarmos daquilo que éramos. Queremos ser cada vez melhores, porque, se falássemos do sistema… Quando cheguei, mudei mesmo o sistema e ganhámos, na época passada. Ganhámos ao Benfica, por exemplo. O jogador, hoje em dia, é inteligente. Estamos a falar de um grande clube. Mais do que um sistema, tem a ver com o que queremos passar para tornar a equipa capaz de ultrapassar os problemas que vamos ter ao longo da época», remata.