
Numa revelação explosiva que gerou indignação entre adeptos e pilotos, Alex Márquez, estrela da Gresini MotoGP, atacou duramente o sistema de penalizações da long lap, classificando-o como “fundamentalmente falho” e “grosseiramente injusto”.
Tudo começou após o polémico incidente no GP da Chéquia, onde Márquez colidiu com Joan Mir. A Direção de Corrida decidiu aplicar-lhe a sanção para o aguardado GP da Áustria. Mas, depois de cumprir a penalização, o espanhol não poupou críticas:
“Nem todas as long laps são iguais”, disparou, salientando as discrepâncias entre circuitos. Enquanto noutros traçados os pilotos perdem entre 1,7s e 2,3s, no Red Bull Ring a penalização custou-lhe uns devastadores 3,6 segundos — o equivalente a uma “long lap dupla”.
O impacto foi brutal: Márquez caiu de uma posição dentro do top 5 para terminar em 10.º lugar.
“É bastante difícil de aceitar, mas levei-o com calma. Não é justo que as long laps não tenham sempre o mesmo peso”, desabafou.
Para o #73, a questão não é apenas matemática. Uma long lap logo nas primeiras voltas condiciona toda a corrida, alterando estratégias e aumentando o desgaste da moto. “Perdemos muitas posições de imediato e a pressão aumenta. Isso retira competitividade ao espetáculo”, acrescentou.
Apesar da frustração, Alex garantiu que mantém o foco na próxima ronda, na Hungria:
“Voltámos das férias com bom ambiente e bom ritmo. Isso é positivo.”
Ainda assim, a luta no campeonato complica-se: Pecco Bagnaia já leva 55 pontos de vantagem sobre o mais novo dos Márquez.
As declarações do espanhol deixaram a Direção de Corrida sob escrutínio. O sistema de long lap, criado em 2019 para penalizar de forma mais “justa” os excessos de pista, está agora no centro da polémica.
A grande questão é: irá o regulamento ser revisto para garantir igualdade entre todos os circuitos, ou continuará a gerar injustiças que podem decidir corridas e campeonatos?