
Diogo Costa - Ainda que tenha sido um encontro de caráter particular, a verdade é que pela frente estava o (também) poderoso Atlético Madrid, com nomes sonantes como Julián Álvarez, Alexander Sorloth, Thiago Almada ou Griezmann, entre outros. O que poderia fazer antever alguns problemas para o capitão portista. Puro engano. O guarda-redes teve uma tarde tranquila e apenas teve de aplicar-se a remate de Álex Baena (20'). A barra deu-lhe foi sua aliada após tiro de Álvarez (43').
Alberto Costa - Teve de preocupar-se com as tarefas defensivas, porque havia alguma indefinição quanto ao adversário que aparecia na sua área de jurisdição, e talvez esse dado o tenha inibido de subir tantas vezes no terreno como gosta. Ainda assim, sobretudo na primeira parte, deu profundidade ao corredor.
Nehuén Pérez - Voltou a merecer a confiança de Farioli para o eixo da retaguarda - tinha feito dupla com Dominik Prpic no jogo anterior realizado à porta aberta, diante do Twente (2-1), no passado domingo e também no Estádio do Dragão -, pelo que parece levar alguma vantagem para entrar na época oficial entre os titulares. Pautou-se por uma atuação vigilante e cumpriu a sua missão.
Jan Bednarek - Se chegou para comandar o quarteto defensivo, então já começa a dar sinais disso mesmo. Muito sereno e concentrado, não precisa de ações de grande brilhantismo para ser o que mais necessário é num central: eficaz. Dá experiência e voz de comando e o coletivo agradece.
Martim Fernandes - Com Francisco Moura ainda a caminho da melhor forma, esperava-se que fosse Zaidu a aparecer à esquerda. Mas foi, afinal, Martim Fernandes o escolhido. Sendo um lateral-direito de raiz, a esquerda não lhe é, ainda assim, desconhecida, uma vez que já lá jogou quando necessário. E tal como em ocasiões anteriores, também ontem voltou a ser absolutamente regular.
Alan Varela - Muitíssimo mais confortável neste sistema do que propriamente no 3x4x3 que era o privilegiado de Martín Anselmi. O médio argentino gosta de jogar como vértice mais recuado do triângulo do miolo, ainda que, sempre necessário, tenha tido auxílio de Victor Froholdt ou de Gabri Veiga. Simples de processos e com visão periférica na altura de iniciar o processo de construção, Alan Varela dá mostras de querer ser o dono do lugar e em troca dá equilíbrios à equipa.
Gabri Veiga - A qualidade técnica já estava na retina dos adeptos portistas, uma vez que o espanhol foi das poucas ilações positivas que o FC Porto extraiu da sua participação no recente Mundial de Clubes, agora resta ao jovem galego dar continuidade à amostra que já apresentou. Pautou o jogo ofensivo e ofereceu a felicidade a Borja Sainz, mas o compatriota não aproveitou para faturar (35').
Pepê - Se quer voltar a ser o Pepê que já encantou a exigente massa associativa azul e branca, então ainda tem de pedalar. Até esteve ativo no flanco direito, mas tem qualidade para muito mais. Oblak também não o ajudou a ser feliz, já que lhe negou um golo que parecia certo (17').
Samu - Não se poupou a esforços na altura de pressionar a saída de bola dos colchoneros, mas pareceu, depois, algo distante da sua verdadeira zona de conforto. E agora vai ter a concorrência de pese de Luuk de Jong...
Borja Sainz - O espanhol continua a dar sinais claros de que é um reforço na verdadeira aceção da palavra. Encostado à esquerda, o antigo jogador do Norwich destacou-se bastante na primeira parte, aproveitando o facto de, nesse período, os dragões terem tido um forte pendor ofensivo e com imensos lances a explorarem os corredores laterais. Borja Sainz foi audaz na forma como partiu para os lances de um contra um, ganhando a maioria dos duelos. Colocou Jan Oblak à prova, logo aos 13'.
Dominik Prpic - Não foi colocado à prova e teve o condão de jogar sempre simples.
Zaidu - Sem grandes oportunidades para atacar, foi certinho.
Eustáquio - Refrescou o setor intermediário e foi importante a travar o (pouco) ímpeto contrário.
Zé Pedro - Os aplausos que recebe das bancadas são o reflexo da confiança que os adeptos têm em si. Dá sempre tudo o que tem.
Rodrigo Mora - Não ficou com a camisola 10? Não foi titular nesta partida? Nada disso parece incomodar o génio portista. O menino, que foi lançado aos 67 minutos, voltou a encantar a plateia do Dragão, ainda que o lance com laivos de Maradona (mais um...) não tenha terminado como já terminaram tantos outros: em golo. Apenas 10 minutos depois de estar em campo, Mora tirou um dos habituais coelhos da cartola, fintou uns quantos e, já na área, atirou a rasar o poste. Foi por milímetros...
William Gomes - Ainda teve um ou outro fogacho, mas acabou por daí não colher frutos.
Marko Grujic - Presença notada em jogo de outro dos atletas que ainda tem o mercado à perna.
Danny Namaso - Os dragões já estavam com menos fulgor atacante e o camaronês provou-o.
Deniz Gul - Também não teve chances para tocar a felicidade.