
A dependência da Ducati em Márquez: uma afirmação controversa que pode mudar tudo
Numa exibição de domínio absoluto no Grande Prémio da Hungria de 2025, em Balaton Park, Marc Márquez voltou a provar que é o rei indiscutível do MotoGP. Com uma tripla de luxo — pole position, vitória na Sprint e triunfo na corrida longa — o espanhol conquistou a sua 10.ª vitória da temporada e a sétima consecutiva. Mas, em plena maré de vitórias, uma análise incendiária está a provocar ondas no paddock: o guru Carlo Pernat afirma que a Ducati deve a sua própria sobrevivência ao fenómeno Marc Márquez.
Em comentário inflamado para o GPOne, Pernat lançou a pergunta que ecoa pelo mundo das corridas:
“Onde estaria a Ducati sem o Márquez?”
Segundo o italiano, sem o oito vezes campeão, a Ducati estaria perdida, a lutar por migalhas em vez de dominar os pódios.
Com uns impressionantes 455 pontos, Márquez está a anos-luz da concorrência: Álex Márquez soma 175 e Pecco Bagnaia apenas 227. Pernat não suaviza a crítica:
“O domínio do Márquez é absoluto. Ele eleva a Ducati a alturas nunca antes vistas. Sem ele, estariam perdidos, a lutar por restos.”
Para Pernat, o verdadeiro motor da Ducati não é a moto, mas sim a fome insaciável, o talento nato e a inteligência em corrida de Márquez:
“Ninguém consegue competir com ele.”
Bagnaia em queda livre
O comentário estendeu-se a Pecco Bagnaia, tricampeão do mundo, agora mergulhado numa espiral negativa. Em Balaton, terminou apenas em nono, atormentado por problemas de travagem. Pernat foi impiedoso:
“O Pecco está numa espiral negativa. Faz gestos de frustração, mas não encontra soluções. Perdeu a confiança, e isso vê-se nas suas reações desesperadas em frente às câmaras.”
E foi mais longe, comparando-o ao Márquez de 2023 na Honda problemática:
“O Bagnaia está a reviver a crise do Márquez em Sachsenring, mas sem a desculpa de ter uma moto defeituosa. A Ducati é uma joia; ele simplesmente não a está a explorar.”
Um gigante com pés de barro?
Pernat foi claro:
“Sem Márquez, estariam a ver a Aprilia e a KTM passarem por eles.”
Apesar de reconhecer que a Ducati tem a melhor moto da grelha, o analista reforça que é Márquez quem lhe dá vida.
“Vejam o Bagnaia, o Di Giannantonio, até o Bezzecchi na Aprilia — todos a lutar para acompanhar o ritmo. Sem o Márquez, a Ducati seria apenas uma equipa sólida, não uma máquina vencedora.”
Ainda assim, elogia a estratégia da marca:
“Garantir o Márquez para 2025 foi um golpe de génio. Eles sabiam que ele podia transformar o destino da equipa — e acertaram.”
O ano de Márquez
Para Pernat, o campeonato já está decidido:
“Este título já tem dono. Ninguém pode parar o Marc.”
E deixa o aviso a Bagnaia:
“Ou reage rapidamente, ou arrisca-se a ser apenas um espetador neste campeonato.”
No fecho, Pernat foi categórico:
“O Márquez não é apenas um piloto, é um fenómeno. A Ducati deve-lhe gratidão, porque sem ele estariam a ver a Aprilia e a KTM passarem por eles.”
A mensagem é clara: Balaton Park falou, e Marc Márquez reina supremo — o futuro da Ducati repousa nas suas mãos. À medida que o MotoGP ruma para a próxima batalha na Catalunha, fica a questão: quem ousará desafiar o implacável número 93?