Um episódio marcante da carreira de Jorge Costa, falecido esta terça-feira aos 53 anos, envolveu um violento confronto com George Weah, ao longo de dois jogos da fase de grupos da Champions League, na época 1996/97.

No primeiro jogo entre Milan e FC Porto, Weah, que ganhara a Bola de Ouro no ano anterior, marcou um golo aos 69’, mas teve de sair de campo dois minutos depois, devido a um pisão de Jorge Costa na sua mão.

O FC Porto venceria mesmo em San Siro por 3-2, mas o futuro presidente da Libéria não se esqueceu dessa ação do portista, alegando também, mais tarde, ter sido vítima de insultos racistas por parte do jogador dos dragões.

No encontro no Estádio das Antas, mais de dois meses depois do primeiro, o jogo terminou empatado (1-1), mas a polémica ocorreu no túnel de acesso aos balneários, quando Weah deu uma cabeçada a Jorge Costa, partindo-lhe a cana do nariz.

A imagem mais impactante ocorreu quando o jogador portista foi à conferência de imprensa a sangrar bastante, mostrar os danos que sofrera. Mas pouco depois voltou aos balneários e ficaria de fora dos relvados um mês, tendo de ser operado para reparar a fratura.

O episódio não se ficou por aqui: um ano depois, Weah escreveu uma carta a Jorge Costa pedindo desculpa pelo sucedido, mas, em 2000, voltou a posicionar-se como a vítima do sucedido e Jorge Costa quis levar o jogador liberiano a tribunal, acusando-o da prática dos crimes de difamação e de ofensas corporais. No entanto, o Tribunal Criminal do Porto não viria a conseguir notificar Weah.