Nuno Borges entrou no court n.º 3 do All England Club com um laço negro no boné, numa homenagem a Diogo Jota, e saiu com sensação amarga após desperdiçar aquele que seria um inédito lugar nos oitavos de final do torneio de Wimbledon, presença apenas conseguida por João Sousa em 2019.

O melhor tenista português, que ocupa o 37.º lugar da hierarquia mundial, não conseguiu bater o russo Khachanov após 6-7(6), 6-4, 6-4, 3-6-6-7 (8-10) num jogo em que complicou tudo, depois de estar a vencer por 5-2 e a servir para fechar o encontro, no derradeiro set, mas Borges acusou o momento e permitiu o break do adversário que regressou a jogo.

Numa maratona de 3h51, o português levou, ainda assim, o desfecho do encontro para o super tie-break, onde esteve a perder por 1-6, mas conseguiu chegar aos 8-9, tendo encerrado a aquela que foi a sua quara participação no único Major disputado na relva pouco depois (8-10).

Nuno Borges despede-se assim depois de uma campanha fantástica que o deixou à porta dos oitavos e, quem sabe, de poder até ter chegado mais longe já que pela frente teria o polaco Kamil Majchrzak. (109.º).

Já Francisco Cabral, igualmente afastado do torneio, também usou um laço negro no ombro, em sinal de luto e homenagem a Diogo Jota, o internacional português que ontem morreu, juntamente com o irmão, num acidente de automóvel. O tenista portuense, que já foi afastado do torneio de pares em Wimbledon, pediu autorização para usar um fumo negro, o que foi negado pela rigorosa organização do terceiro Grand Slam da temporada.