Depois do arranque da fase de preparação para o Campeonato na Europa com três jogos em Espanha, frente às seleções principal e secundária (B) do país anfitrião e o terceiro contra a Argentina, Portugal regressou a casa para cumprir mais duas partidas de apuro de forma para o torneio continental, que inicia no próximo dia 27 perante a República Checa, na Letónia.

Os adversários que se seguem, amanhã e sábado, são a Islândia e a Suécia, ambos a defrontar no Fórum de Braga. Depois do início madrileno do trajeto rumo ao Eurobasket e em antevisão aos iminentes duelos com os nórdicos, Neemias Queta considera positivo o estado de forma da Seleção a duas semanas do Eurobasket 2025.

«Temos vindo a fazer um bom trabalho nos últimos dias. Já jogamos juntos há muitos anos, agora é uma questão afinar detalhes para estarmos ao nosso melhor nível no Europeu», começou por declarar o poste dos Boston Celtics, que está recuperado de um lesão contraída em Espanha.

«Sinto-me bem, sinto-me bem. A maneira como vimos a trabalhar, quer dentro de campo, quer no ginásio, tem sido boa. Tenho vindo a preparar-me para estar a 100% quando vier a competição», esclareceu o jogador de 26 anos, que assegura ter sido sempre a sua vontade representar a Seleção.

«Sim, sempre foi o meu desejo defender a seleção do meu país. Foi só uma questão de combinar os detalhes com a equipa [Celtics], com o meu agente, com o pessoal daqui da seleção. A partir daí, ficou claro que o objetivo era estar aqui [na Seleção], e ser competitivo, ajudar a lutar por uma boa classificação no Europeu. E estou convicto de que podemos fazer um bom Europeu», reiterou Neemias.

Portugal parte para Riga no dia 24 de agosto, defrontando, a 27, a República Checa, primeiro adversário no Grupo A do Eurobasket, seguindo-se Sérvia (29), Turquia (30), Letónia (1 de setembro) e Estónia (3). Para chegar aos oitavos, a seleção das quinas terá de ficar num dos quatro primeiros lugares.

Selecionador Mário Gomes: «Contra os melhores é que evoluimos»

O selecionador nacional Mário Gomes está em modo de exigência máxima na fase de preparação para o Europeu, a duas semanas do primeiro jogo de Portugal no torneio, contra a República Checa. Dos três jogos em Espanha, o técnico tirou coisas boas e menos boas do desempenho dos seus pupilos, ressalvando, sempre, a qualidade dos adversários defrontados: Espanha (vitória história, a primeira frente a esta seleção), Espanha B e Argentina (derrotas).  

«Procuramos, sempre possível, jogar contra equipas teoricamente mais fortes do que nós, porque é a única maneira de evoluirmos. E, efetivamente, tivemos alguns problemas no ataque, especialmente no jogo contra a Argentina, mas é até certo ponto normal, primeiro porque a terceira semana de trabalho é sempre difícil, por causa da sobrecarga física das anteriores e também porque nós raramente temos tido toda a gente junta para treinar», declarou Mário Gomes, que confirmou a recuperação, a 100 por cento, de Neemias Queta e de Cândido Sá, mas não contará com Anthony da Silva para os jogos particulares com a Islândia e a Suécia, amanhã e sábado, em Braga. 

«O Miguel Queiroz estava a treinar condicionado muito tempo, o Nuno Sá tinha feito apenas dois treinos com a equipa, e nós é claro que temos coisas pensadas para ele e depois ele não está em campo e as coisas não saem da mesma forma. Temos duas semanas para melhorar e o trabalho nestes últimos dias foi quase exclusivamente dedicado ao entrosamento. Do ponto de vista tático, vamos melhorar, de certeza», afirma o líder dos linces, que termina a apresentar os rivais que se seguem na preparação. 

«A Islândia e a Suécia também estão à nossa frente no ranking da FIBA. Já lhes ganhámos, mas perdemos mais vezes e, portanto, vão ser dois jogos fortes que nos vão pôr problemas. Mas é disso que precisamos, como digo muitas vezes aos jogadores: pensa-se em ganhar, mas ganhar é só o último passo.Primeiro tem que se treinar bem para se poder competir bem e, se conseguimos competir bem, podemos ganhar», declarou Mário Gomes. 

«Costumo dizer que o que nós controlamos é isto que estamos a fazer agora. Depois a competição vai pôr-nos no nosso lugar. Sabemos que é um objetivo muito difícil, passar a fase de grupos. Implica ganhar jogos e isso é muito difícil. Mas vamos à luta», concluiu.