Na segunda-feira, Jorge Martín sofreu novas lesões enquanto treinava, tendo de ser operado à mão esquerda – o que lhe custará a presença, pelo menos, no GP da Tailândia.

As lesões consistem na fratura complexa do rádio, assim como de alguns ossos cárpicos e ainda de um calcanhar, sendo o rádio e o escafoide esquerdo a requererem a cirurgia.

Carlos de la Vega, médico especialista em medicina desportiva, disse a Manuel Pecino que a lesão descrita é particularmente complicada: ‘No pulso há oito ossos, para que me percebam, os ossos que estão pegados ao dedo maior, que são os mesmos que estão pegados ao antebraço, são os ossos mais delicados. Denominam-se escafoide, piramidal e rádio, e o Martín partiu o final do rádio, também o escafoide que é o osso mais incómodo do pulso, e partiu o que está a seguir a este. Ali, está tudo unido por ligamentos, então não só se partem os ossos, também habitualmente se rasgam os ligamentos’.

Segundo o médico, a cirurgia ‘é muito complexa’ e significa que o impacto foi significativo, numa zona delicada: ‘Essa articulação é a que vai permitir o movimento do dedo grande, que é o dedo com mais movimento da mão. É uma articulação muito, muito difícil, com prognóstico reservado e com uma reabilitação longa e dolorosa’.

No entender de Carlos de la Vega, Martín pode ter alguns meses de recuperação pela frente: ‘Pessoalmente não posso dizer nada porque os pilotos são como são, mas penso que vai perder a fase asiática e a fase americana, é praticamente certo para não dizer certo. […]. Dá-me muita pequena porque tenho um carinho especial pelo Jorge, eu vejo-o com meses de reabilitação’.