
A primeira visita de sempre do MotoGP à Hungria arrancou de forma explosiva em Balaton Park, com Marc Márquez a deixar bem claro quem manda. O espanhol dominou a primeira sessão de treinos livres (FP1) com uma volta canhão em 1:39.238, enviando uma mensagem inequívoca: veio para conquistar o novo palco do Mundial.
Primeiros protagonistas: Marini, Acosta e Márquez animam a tabela
Logo nos instantes iniciais, Luca Marini assumiu a dianteira, pressionado de perto por Pedro Acosta e Márquez. Os tempos caíram rapidamente, com Fabio Di Giannantonio a chegar a P1 por breves instantes — até Márquez disparar a sua volta demolidora, impossível de igualar. Atrás dele, Fermín Aldeguer brilhou em terceiro, batendo Alex Márquez na segunda Gresini.
O drama chega: Bagnaia perdido, Martín e Fernández no fumo
Enquanto Márquez voava, o bicampeão Pecco Bagnaia deixava o paddock em choque ao afundar-se no último lugar, sem ritmo e visivelmente em apuros. Pior ficou quando a Ducati de Jorge Martín libertou uma nuvem de fumo branco, obrigando-o a parar com suspeita de falha mecânica.
Momentos depois, Raúl Fernández sofreu problemas técnicos semelhantes, trazendo à memória os pesadelos de motor da Yamaha na Áustria. O incidente espalhou óleo na curva 5, levando à interrupção com bandeira vermelha. Os comissários, supervisionados pela lenda Loris Capirossi, entraram em ação para limpar a pista antes da retoma.
Yamaha em apuros, quedas e recuperações
No regresso da sessão, a melhor Yamaha foi a de Jack Miller, mas não passou de um modesto 10.º lugar. Franco Morbidelli sofreu duas quedas na curva 15, escapando sem lesões. Marco Bezzecchi, em boa forma após recentes pódios, chegou a estar em 17.º mas recuperou para sexto.
Entretanto, Pol Espargaró — de regresso como substituto de Maverick Viñales na Tech3 KTM — surpreendeu tudo e todos ao assinar um segundo lugar nos instantes finais. Acosta e Marini continuaram a trocar ataques, mas Márquez voltou a dar a última palavra, reforçando o seu domínio.
Márquez lança o aviso
Cada vez que atacava, Márquez incendiava os cronómetros, com setores constantemente “a vermelho”. O seu controlo absoluto do desafiante traçado húngaro deixou os rivais sem resposta, enquanto Bagnaia terminava apenas em 20.º, perdido e sem soluções.
Na estreia do MotoGP na Hungria, com quedas, fumo e surpresas a marcar a sessão, Márquez já plantou a sua bandeira. Mas o fim de semana promete ainda mais fogo de artifício, com Martín, Acosta e Espargaró a afiarmos dentes para desafiar o oito vezes campeão do mundo.