
Mário Gomes gostou sobretudo da atitude dos jogadores na vitória de Portugal sobre a Espanha naquele que foi o primeiro jogo particular visando o Eurobasket. E desconhecia ter sido a primeira vitória dos Linces sobre os vizinhos ibéricos.
"Não sabia. Só é pena não ter sido num jogo oficial. Obviamente que é sempre melhor trabalhar em cima de vitórias do que derrotas. Estou muito satisfeito com a equipa, fundamentalmente por ter demonstrado capacidade para reagir depois de ter começado encolhida, receosa. Foi à luta independentemente se vencíamos ou não. Podíamos ter perdido, mas isso não era o mais importante entes do jogo, nem ganharmos", sublinhou o selecionador nacional. "Demonstra capacidade para competir a este nível. Mas mais importante de como começa é como acaba, temos de ter equilibrio, ter noção do que fizemos bem e mal, ter a noção de podemos andar nestes palcos".
O técnico reconheceu que as duas equipas ainda estão longe do seu melhor. "Foi um jogo de preparação, ambas as equipas estão em baixa de forma".
Depois, Mário Gomes apelou a que a equipa se mantenha focada e deixando mesmo um aviso. "Temos de continuar a ser iguais a nós próprios, com mais convicção ainda, continuarmos a ser humildes e não embandeirar em arco só porque vencemos à Espanha, não sendo normal também não é uma façanha de outro Mundo.Há tendência em Portugal para se dizer que se faz história. Não fizemos história nenhuma. Fizemos um bom jogo, temos de o analisar, ver o que vale. Grande parte do caminho ainda está por fazer".
Sem particularizar exibições, o selecionador deixou ainda assim a sua análise ao facto de Neemias Queta, com apenas dois dias de treinos conjunto, ter sido opção, ainda não tenha estado no cinco inicial.
"Não sabemos como o jogo seria se ele não tivesse jogado. Mas claro que foi uma ajuda, aumenta a autoconfiança do grupo, que acredita mais na sua capacidade com a presença dele. Mas uma coisa sabemos: Ele quer estar aqui connosco e nós queremo-lo aqui. Há que aproveitá-lo quando é possível".