Jakub Kiwior. Um nome sonante associado à lista de compras dos azuis e brancos para o presente defeso. O defesa é bastante acarinhado pelos simpatizantes do Arsenal, tendo sido um elemento importante na época passada, na sequência da grave lesão de Gabriel Magalhães.
No entanto, o internacional polaco perdeu novamente espaço nas opções de Mikel Arteta e, como tal, uma mudança para o FC Porto é bem vista pelo experiente jogador. O atleta de 25 anos, já com provas dados nos maiores palcos, vai reforçar a defensiva portista, que tem dado bons sinais neste arranque da temporada.
Caro leitor, o zerozero dá-lhe então a conhecer o vasto percurso do jogador, bem como as suas principais valências dentro de campo. Venha connosco!
Colocou vários pins no mapa-mundo
Kiwior começou o seu desenvolvimento na terra natal, ao serviço do GKS Tychy. No entanto, a qualidade acrescida chamou a atenção de uma das maiores escolinhas futebolísticas: na época 2016/17, com 17 anos, o defesa rumou à Bélgica para assinar pelo Anderlecht.
O jovem central rapidamente se conseguiu afirmar na turma belga, tendo somado alguns minutos importantes na UEFA Youth League, nas duas temporadas que se sucederam. Chegava a antecipada hora de se estrear profissionalmente, porém, a casa associada à concretização desta missão seria distinta.
O Podbrezová tocou no ombro da jovem promessa e convenceu-a a seguir para a Eslováquia. Como tal, no dia 16 de fevereiro, o camisola '3' fez mais um check na lista de objetivos, sendo titular no triunfo ao frente ao FC Nitra, num duelo a contar para a 19.ª jornada do campeonato. A título de curiosidade, o protagonista desta peça foi o único estrangeiro no onze dos ferreiros.
Apesar do esforço coletivo, o modesto emblema acabou por descer à segunda divisão, num fenómeno que acabou por ser essencial para uma nova mudança. O MSK Zilina desembolsou 250 mil euros pela aquisição do atleta polaco, que não desapontou. Foram 58 as aparições de Kiwior - repartidas por duas épocas - que lhe valeram o passaporte dourado para a Itália.
Canhões apontados para território italiano
Podia ser Erasmus, mas não é: com 22 anos, Kiwior colocou mais um pin no seu mapa-mundo. Em solo italiano, o central vestiu as cores do Spezia, emblema que disputava, à época, o primeiro escalão do país da bota. Demorou cerca de três meses para o respetivo futebolista ter a primeira oportunidade para demonstrar o seu talento.
E atenção, o compromisso era de alto grau de exigência. Em dezembro de 2021, os aquilotti deslocaram-se ao Stadio Giuseppe Meazza, onde mostraram uma boa coesão defensiva, com Kiwior em grande plano. Apesar do resultado menos favorável, os bons apontamentos do jovem jogador não deixaram Thiago Motta indiferente. O central passou a ser opção recorrente no onze do técnico e nunca mais largou o posto.
Esta aposta do antigo meio-campista acabou por auxiliar a formação de La Spezia na manutenção na Serie A. A direção do Arsenal, atenta às excelentes indicações do defesa, decidiu antecipar-se à concorrência e investiu cerca de 20 milhões de euros pelo passe do internacional polaco, em janeiro de 2023.
«Não estou satisfeito com esta venda. É muito frustrante para um treinador ver um jogador que ajudou a desenvolver a dar frutos noutro lugar. Eles são vendidos e depois é hora de pressionar o botão de reset», referiu Luca Gotti - comandante dos aquilotti na época 2022/23.
Ganhar espaço através da versatilidade
A aquisição dos gunners causou alguma estranheza aos adeptos, já que muitos desconheciam as aptidões do mais recente reforço. Depois de uma normal adaptação - onde realizou apenas oito jogos pela equipa principal até ao final da temporada -, a afirmação do internacional pelas águias brancas acabaria por ocorrer na época 2023/24.
Com William Saliba e Gabriel Magalhães a comandarem a zona central do eixo defensivo, o atleta de 25 anos foi arrastado para o corredor esquerdo. Apesar de estar fora do habitat natural, o novo lateral da turma londrina mostrou personalidade, surpreendendo tudo e todos com a acrescida leitura de jogo.
«Jogar em diferentes posições? É, sem dúvida, uma grande capacidade que eu tenho. Sinto-me confortável no campo, independentemente se jogo a lateral ou a central. Dou 100 por cento de mim em todas as minhas ações», referiu Kiwior, numa entrevista aos meios de comunicação do clube.
Esta versatilidade acabou por ser decisiva. Nas últimas duas temporadas, o esquerdino somou 60 partidas, tendo anotado sete contribuições diretas para golo, durante campanhas acessas pelo topo da Premier League. Mas afinal, quais são os principais argumentos do atleta no radar dos dragões?
Mas afinal, como joga Jakub Kiwior?
Numa primeira instância, salta à vista a dimensão física de Kiwior. Com cerca 1,89 metros, o defesa é imperial no jogo aéreo, aliando a sua superlativa altura a uma grande impulsão. O respetivo futebolista também domina a arte do desarme, sendo um verdadeiro especialista no carrinho.
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0 No que diz respeito ao capítulo ofensivo, o defesa mostrou uma acrescida elegância na condução do esférico, tendo extrema facilidade em sair das zonas de pressão. O internacional polaco também é dono de uma boa capacidade de passe, tanto curto como longo. Porém, há algo que deve ser tido em conta no seu estilo de jogo
Quando atua no flanco, Kiwior mostra pouca propensão no ataque. O defesa prioriza a estabilidade defensiva em prol do coletivo, sendo raras as incursões até ao último terço. Movimentações simplistas, mas muito bem executadas, servem de base ao seu modus operandi. Como tal, deve ser acompanhado por extremos desequilibradores, acostumados a ações individuais.
Francesco Farioli procura um jogador experiente, já habituado a altos voos. Depois da contratação de Jan Bednarek, os azuis e brancos querem voltar a pescar num dos principais lagos do futebol europeu: a Premier League. Veremos se Portugal será a sexta paragem de Jakub Kiwior.