Jack Miller e Miguel Oliveira podem finalmente respirar de alívio enquanto o tabuleiro da MotoGP sofre uma reviravolta dramática. A Yamaha falhou uma oportunidade crucial para garantir um potencial substituto, uma notícia que dá novo fôlego aos dois pilotos na luta pela sobrevivência na categoria rainha — ainda mais com a sombra da contratação do campeão do mundo de Superbikes, Toprak Razgatlioglu, para 2026.

Desde o verão, os dois companheiros de equipa na Pramac Yamaha têm vivido uma rivalidade feroz pelo cobiçado segundo lugar da equipa satélite italiana em 2026. Apenas um deles tem o lugar assegurado, e a pressão tem sido imensa. A tensão atingiu o auge no TT da Holanda, quando o jovem brasileiro Diogo Moreira brilhou com uma vitória surpreendente na classe intermédia, alimentando rumores sobre a sua iminente chegada ao MotoGP.

Num volte-face inesperado, a Yamaha manifestou interesse em contratar Moreira para o segundo lugar na Pramac, chegando mesmo a apresentar uma proposta antes do GP da Áustria. No entanto, não eram os únicos na corrida. A Honda avançou também com uma oferta, propondo-lhe um assento na equipa LCR Honda em 2026, com a possibilidade tentadora de promoção à equipa oficial em 2027. Fontes próximas revelam que Moreira está inclinado a aceitar a proposta da Honda, o que pode ter impacto direto nas hipóteses de Miller e Oliveira manterem-se no grid.

As implicações são enormes. Se Moreira assinar pela LCR, será o fim da linha para Somkiat Chantra, estreante em 2025, que não conseguiu afirmar-se — somou apenas um ponto antes de ser afastado por lesão. Este fim de semana, Chantra será substituído por Aleix Espargaró no GP da Hungria, marcando uma mudança significativa na formação da equipa.

Desde a entrada de Takaaki Nakagami na MotoGP em 2018, o segundo lugar da LCR Honda esteve sempre ligado ao patrocínio da petrolífera japonesa Idemitsu. Contudo, surgem agora relatos de que este apoio poderá ser sacrificado para abrir espaço à contratação de Moreira — um movimento ousado que pode redefinir o panorama competitivo da MotoGP.

Com a contagem decrescente para 2026 em andamento, todas as atenções estão agora viradas para Miller e Oliveira, que enfrentam uma batalha ainda mais intensa pela sua sobrevivência num dos desportos mais exigentes e implacáveis do planeta. Será que o erro da Yamaha se tornará numa bênção para os dois pilotos, ou o ataque fulminante da Honda selará definitivamente o seu destino?