
A atual campeã do mundo venceu a Suíça, caro leitor. Estas são as letras grandes do jornal e a conclusão que o adepto menos curioso tira, mas a verdade é que a Espanha teve muitas dificuldades para eliminar a seleção anfitriã do Euro 2025.
O resultado de 2-0 ajuda a acentuar esta conclusão de que la roja apenas cumpriu calendário, mas insistimos, caro leitor, venha connosco enquanto lhe explicamos o desenrolar desta trama.
A superioridade das espanholas foi por demais evidente, claro está, - seja na posse do esférico, seja nas oportunidades criadas -, mas hoje a bola teimou em demorar a entrar. Talvez os responsáveis tenham sido os milhares de adeptos suíços presentes na bancada do Stade de Suisse (Berna) que, ao verem a sua seleção a fazer história - primeira chegada aos quartos -, não pararam de apoiar desde o primeiro minuto.
Mariona Caldentey falhou uma grande penalidade aos nove minutos e, aos 17', Claudia Pina viu Livia Peng voar para uma defesa espetacular. Estava dado o mote. A primeira metade do encontro terminou com uma igualdade a zeros, apesar dos 12 remates espanhóis e dos 75 por cento de posse de bola.
O regresso dos balneários trouxe um filme parecido ao exibido nos primeiros 45 minutos - pelo menos até aos 65'. A Suíça, agarrada ao coração e empurrada pelas bancadas, foi aguentando as aproximações espanholas, muito às custa de Peng - exibição monumental.
Ora, mas se a bola teima a não entrar, também a água mole em pedra dura, tanto bate até que fura, certo? Assim foi, finalmente. Tome Montserrat fez entrar Leila Ouahabi e Athenea del Castillo para os lugares de Mariona e Olga Carmona. Bem dita a hora, há de ter pensado a selecionadora espanhola quando Athenea, quatro minutos depois de ter entrado em campo, abriu o marcador.
Combinação com Aitana Bonmatí - passe de calcanhar absolutamente delicioso - dentro da área helvética e o marcador a andar... ufa. Cinco minutos de eficácia chegaram para a Espanha ganhar o jogo. Isto porque aos 71' foi a vez de Claudia Pina, à lei da bomba, enviar o esférico ao ângulo superior esquerdo da baliza adversária.
Até ao final, além do domínio - e falta de eficácia - espanhol, a grande penalidade desperdiçada por Alexia Putellas e a expulsão de Noelle Maritz, importa destacar o momento espetacular entre as jogadoras suíças e os adeptos no final do encontro, em que ambos se agradeceram mutuamente.
Suíça fica pelo caminho, enquanto a Espanha aguarda para saber quem vai enfrentar nas meias da competição.