O extremo Diogo Brito afirmou esta segunda-feira que o jogo de quarta-feira com a República Checa, que marca a estreia de Portugal no Campeonato da Europa de basquetebol de 2025, em Riga, "é o mais importante de todos".

Em declarações à agência Lusa, depois do primeiro treino da formação das quinas na Xiomani Arena, em Riga, o jogador que em 2025/26 vai representar os espanhóis do Monbus Obradoiro reconheceu que é determinante começar bem.

"Eu acho que este jogo é o mais importante de todos, não só porque é o próximo, mas também porque é um rival direto na nossa ambição de passar a fase de grupos. São seis equipas, passam quatro, e se nós quisermos passar, o jogo com a República Checa é chave para conseguir esse objetivo", frisou Diogo Brito.

Num agrupamento ainda com Sérvia, Turquia, Letónia e Estónia, o extremo luso, que conta 45 jogos na seleção principal, ao serviço da qual se estreou em 18 de fevereiro de 2021, garante que Portugal está preparado para um bom arranque.

"A seleção está com muita energia, muita vontade de começar. Foi uma caminhada longa e agora, neste verão, foi uma preparação muito longa para chegar aqui e para começar na quarta-feira, que é o que mais ansiamos", explicou.

Faltam dois dias para a estreia, no que será o primeiro jogo de Portugal numa fase final do Europeu desde 2011, edição em que a equipa das 'quinas' perdeu os cinco jogos disputados.

"Agora, é uma questão de estar no dia com a mentalidade necessária e correta para enfrentar o jogo com a República Checa, mas não tenho dúvidas de que estamos preparados e não podíamos estar mais unidos e com mais vontade de jogar este Eurobasket", frisou à Lusa o jogador de 28 anos, natural da Póvoa de Varzim.

Os checos já foram analisados, e Diogo Brito não espera facilidades, pois trata-se de uma equipa que "joga com muita intensidade, tanto na defesa como no ataque", e também "muito rápido, muito em transição".

"Vamos ter de ser capazes de parar esse jogo em transição", explicou, adiantando ainda que os checos "procuram mover muito a bola para lançar dos três pontos", pelo que, individualmente, os jogadores lusos não podem ser "ultrapassados" e permitir "lançamentos fáceis".

Para o extremo, será preciso evitar os 'tiros' de longa distância: "Sabemos que é o que eles procuram, lançamentos de três pontos, mover a bola para lançar dos três pontos. Têm bons lançadores, lançam com boa eficácia. Por isso, vamos ter de estar muito sólidos a nível defensivo, porque a nível ofensivo, penso que vamos ter as armas necessárias para bater a defesa deles".

No que respeita ao ataque, Diogo Brito é uma das grandes 'armas' lusas, como mostrou nos últimos jogos, mas não sente a "responsabilidade" de ter de marcar pontos.

"É algo que aparece naturalmente. Quando o jogo está a fluir e eu me encontro em situações de marcar pontos, gosto de corresponder, de estar pronto para o fazer, mas acho que o mais importante mesmo é jogar bem em equipa, em coletivo, para encontrar o melhor lançamento", explicou.

Segundo o jogador de 1,98 metros, não é importante se é ele, Travante Williams, Neemias Queta ou "quem quer que seja" a marcar os pontos: "O importante é jogar coletivos, mexer bem a bola, e encontrar os lançamentos mais eficazes".

O encontro com a República Checa, a contar para a primeira jornada do Grupo A do Eurobasket2025, realiza-se na quarta-feira, a partir das 14:45 locais (12:45 em Lisboa).

Depois, os comandados de Mário Gomes defrontam a Sérvia (sexta-feira), a Turquia (sábado), a coanfitriã Letónia (01 de setembro) e a Estónia (03 de setembro), precisando de ficar num dos quatro primeiros lugares para seguir para os 'oitavos'.

A fase final do Europeu de 2025, que será a 42.ª edição do evento, realiza-se em Riga (Letónia), Limassol (Chipre), Tampere (Finlândia) e Katowice (Polónia), entre 27 de agosto e 14 de setembro.