Rúben Amorim vai orientar o Manchester United e há várias dúvidas que se colocam em relação à forma como o técnico português vai implementar as suas ideias.

Rúben Amorim é o novo treinador do Manchester United e já são várias as dúvidas em relação à forma como a equipa inglesa vai atuar. O técnico apostou num 3-4-3 no Sporting e é provável que mantenha a mesma ideia na Premier League.

Rúben Amorim é adepto de um sistema altamente dinâmico, com muita exploração de ataques rápidos e de situações de contra-ataque, nas quais procura tirar partido dos espaços e da capacidade da sua equipa para reagir rápido à recuperação da bola. No Sporting, Rúben Amorim trabalhou o perfil dos alas, tendo encontrado jogadores com características distintas para os corredores. Em alguns momentos da sua passagem por Alvalade, procurou alas de maior contenção defensiva, noutros tentou alterar entre um perfil mais ofensivo e outro mais defensivo, e nesta última época teve uma aposta mais recorrente em alas desequilibradores [como Geny Catamo e Geovany Quenda].

O perfil dos avançados trabalhados por Rúben Amorim está também bem identificado. Desde cedo, tentou encontrar atletas tecnicamente evoluídos e capazes de explorar de forma competente a zona interior através de ações combinativas e individuais.

No Manchester United saltam à vista vários desafios para Rúben Amorim: ajustar a equipa em termos defensivos, procurar oferecer maior largura ao jogo dos red devils e melhorar o trabalho de pressão e reação à perda da bola. Sobre as questões mais individuais, o papel de Bruno Fernandes é o que suscita maiores dúvidas: perceber se fará maiores ações como duplo pivot ou se trabalhará mais na frente de ataque, com um papel semelhante ao de Pedro Gonçalves no seu sistema tático.

Há também jogadores que podem tirar partido da chegada de Rúben Amorim: Rasmus Hojlund aparenta ter as características necessárias para se afirmar como referência na linha de três avançados e ser o “Gyokeres” que o técnico vai perder, após a saída do Sporting. Joshua Zirkzee também espreita protagonismo na frente de ataque, tentando ter agora um papel de segundo avançado na equipa, um pouco à semelhança do que acontecia com Paulinho em Alvalade.

No meio-campo, Rúben Amorim reencontra Manuel Ugarte e o médio uruguaio pode ser um dos principais beneficiados na posição de duplo pivot que tanta importância tem no sistema tático do treinador português.

Já na linha defensiva, há alguma curiosidade para ver como é que os centrais do Manchester United se vão adaptar às exigências de pressão e de construção. Em termos individuais, Mazraoui e Diogo Dalot, por exemplo, poderão vir a desempenhar dois papéis diferentes: o de alas ou de terceiro central na linha defensiva.

Eis um esboço daquele que poderá ser o Manchester United com Rúben Amorim: