
A velocista norte-americana Sha’Carri Richardson, 25 anos, quebrou o silêncio sobre a sua recente detenção por violência doméstica, recorrendo às redes sociais para assumir responsabilidades e pedir desculpa ao namorado, Christian Coleman, 29 anos.
Na noite desta segunda-feira, a campeã mundial dos 100 metros publicou um vídeo no Instagram onde reconheceu ter-se colocado numa «situação comprometedora?. Horas depois, já na manhã desta terça-feira, divulgou um pedido de desculpas escrito, direto e sem reservas:
«Eu amo-o e não consigo pedir desculpa o suficiente. O meu pedido de desculpas deve ser tão sonoro quanto as minhas ações», escreveu, em letras maiúsculas. «Christian, amo-te e lamento profundamente.»
Richardson foi detida a 27 de julho, no Aeroporto Internacional Seattle-Tacoma, acusada de violência doméstica em quarto grau, por agredir Coleman. Esteve mais de 18 horas detida no South Correctional Entity, em Des Moines, Washington. O incidente ocorreu poucos dias antes de competir nos 100 metros dos campeonatos dos EUA, em Eugene, Oregon.
No vídeo, garantiu estar num processo de «autorreflexão» e afirmou que não vai «fugir», preferindo «enfrentar tudo de frente».
De acordo com o relatório policial, a confusão começou quando Richardson agarrou a mochila de Coleman e a puxou, bloqueando-lhe depois a passagem. Nas imagens de segurança, o atleta tenta contorná-la, mas acaba empurrado contra uma parede. Momentos depois, Richardson terá atirado um objeto — possivelmente uns auscultadores — na direção de Coleman.
O documento acrescenta que Coleman recusou prosseguir com a investigação e não quis ser tratado como vítima.
Num tom mais pessoal, Richardson descreveu Coleman como alguém que entrou na sua vida «para lhe dar não apenas uma relação, mas uma nova compreensão do amor incondicional», algo que diz nunca ter experienciado antes.
Sha’Carri Richardson conquistou os 100 metros no Mundial de Budapeste em 2023, ganhou a prata nos Jogos Olímpicos de Paris no ano seguinte e integrou a equipa dos EUA que venceu o ouro no estafeta 4x100.
Em 2021, ficou de fora dos Jogos de Tóquio devido a um teste positivo a marijuana nos trials olímpicos.