
Ducati Aruba aposta em Iker Lecuona como sucessor de Álvaro Bautista para 2026
Numa semana que incendiou o mundo do motociclismo, a Ducati Aruba tomou uma série de decisões de grande impacto, culminando no anúncio de que Iker Lecuona assumirá o lugar de Álvaro Bautista na temporada de 2026. Após uma sessão de testes crucial em Aragão, falámos com Serafino Foti, diretor de equipa da Aruba, acabado de regressar de Espanha, para conhecer os bastidores desta mudança monumental e o que ela representa para o futuro da equipa.
Foti foi cauteloso nas palavras, mas deixou escapar o entusiasmo:
“Neste momento, não posso revelar muito sobre a assinatura de Lecuona — é uma questão de respeito pelo Iker e pela marca que ele representa.”
Ainda assim, não escondeu a satisfação com a contratação:
“Estamos muito felizes por ter o Lecuona connosco. Ele é um talento forte, promissor, e acredito que foi a melhor escolha que podíamos ter feito.”
Com vários nomes em cima da mesa para suceder a Bautista, pedimos confirmação sobre o processo de seleção:
“Sim, tivemos várias opções, mas no final decidimos pelo Lecuona.”
Entre essas opções esteve o piloto de Moto2, Aron Canet:
“Chegámos a falar sobre o Canet, mas ele preferiu continuar no Moto2, e respeitamos essa decisão.”
A ausência de Jonathan Rea nos planos futuros da Ducati também foi abordada:
“O Johnny manifestou interesse em juntar-se à Ducati,” reconheceu Foti,
“mas nunca chegámos a avançar com qualquer negociação. A nossa estratégia sempre foi clara: investir em jovens talentos. O Johnny simplesmente não se enquadrava na nossa visão.”
Sobre os rumores da possível saída de Giulio Nava, Foti manteve-se reservado:
“É informação confidencial, por isso não posso entrar em detalhes. O que posso confirmar é que o Nava mostrou interesse em explorar outras oportunidades, mas tem contrato connosco até 2026.”
Relativamente aos testes de Aragão, Foti comentou as preocupações de Nicolò Bulega com a performance:
“Fizemos um trabalho extenso em Aragão, focado mais na avaliação de componentes do que na velocidade pura. Estamos satisfeitos com o progresso, especialmente tendo em conta o nível do nosso concorrente, o Toprak. Acredito firmemente que o Bulega é capaz de lutar até ao fim, apesar dos desafios.”
Ainda assim, Foti admitiu que a luta pelo título será exigente:
“É verdade, poucos conseguem realisticamente desafiar o Toprak e o Bulega em pontos. O Nicolò não pode jogar à defesa, pois isso seria entregar o campeonato. Temos de atacar quando pudermos, com estratégia e inteligência, sem cometer erros. Temos muita confiança no Bulega e acreditamos que ele tem o que é preciso para lutar até ao último momento.”
Com a contagem decrescente para a próxima ronda em Magny-Cours, a tensão está no auge e todas as atenções estarão voltadas para a nova direção da Ducati sob a liderança de Iker Lecuona. Fãs e adversários estarão atentos para ver se esta aposta ousada resultará no competitivo mundo do Superbike.
As apostas nunca foram tão altas — e a emoção está ao rubro!