Em comunicado, o executivo comunitário dá conta de que Ursula von der Leyen -- antiga ministra da Defesa da Alemanha -- começou hoje a ouvir os intervenientes nesta indústria para reforçar as capacidades defensivas da UE, que se vê confrontada com "um panorama geopolítico que evoluiu rapidamente" e para o qual é necessário "responder com dimensão e celeridade".

Ursula von der Leyen "enalteceu os esforços desta indústria desde o início da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, incluindo o aumento significativo da produção [de armamento] e a abertura de mais fábricas".

No entanto, persistem "desafios estruturais", nomeadamente a "fragmentação da procura e da oferta", barreiras regulatórias, acesso a materiais críticos e a necessidade de encontrar trabalhadores qualificados, investimento, enquanto se procura acompanhar a inovação em outros locais do planeta.

Por isso, a presidente do executivo comunitário - que quando iniciou funções em dezembro de 2024 apontou a segurança e a defesa como as prioridades da Comissão para os próximos cinco anos - disse que são esperadas novidades para junho, que incorporarão os apontamentos dados agora pela indústria.

No comunicado, a Comissão Europeia destaca a importância da indústria militar europeia para o objetivo da UE de assumir uma maior responsabilidade pela sua própria defesa, bem como para a competitividade da Europa, estimando que o setor represente 800.000 postos de trabalho diretos e indirectos, além de impulsionar as exportações e promover a inovação com amplos benefícios civis.

A Comissão propôs o reforço da base industrial de defesa da Europa, aumentando o investimento no valor de 800 mil milhões de euros, incentivando os contratos públicos conjuntos e assegurando que mais despesas com a defesa fiquem na Europa.

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