
O vento forte empurrou o incêndio que lavra a serra do Alvão para a aldeia de Vila Cova, onde as equipas de bombeiros foram posicionados para proteger as habitações, disse o presidente da Câmara de Vila Real.
"Houve uma propagação muito rápida, influenciada pelos fortes ventos que se fizeram sentir. Neste momento os meios estão posicionados para proteger as casas nas imediações da aldeia. Vamos acompanhar a evolução deste cenário", afirmou Alexandre Favaios à agência Lusa.
O autarca repetiu que o vento forte que se faz sentir na serra do Alvão está a dificultar o combate e adiantou que foi pedido, de forma preventiva, a alguns residentes para saírem das casas mais próximas da área florestal.
Emigrante na Suíça e de férias em Vila Cova, Benilde Tuna disse à Lusa que os militares da GNR lhe pediram para sair de casa, tirar os carros e desligar a luz.
"Mas o meu marido foi, com as mangueiras, regar à volta. Está lá com um cunhado mais o meu filho", referiu, acrescentando que o fogo "já anda lá perto".
A emigrante disse que o incêndio se aproximou de forma muito rápida da aldeia.
"Não estão a ser as férias que estava à espera. Todos os anos tinha medo que houvesse aqui um fogo, porque isto é tudo vegetal, era tudo tão lindo e agora vai ficar assim", lamentou.
Este fogo começou pelas 23:34 de sábado na zona de Sirarelhos e evolui para a zona de Gontães e Vila Cova e, segundo a Proteção Civil, para o local estão mobilizados 114 operacionais, 32 viaturas e oito meios aéreos.
Carlos Manuel Lopes Dias, do conselho diretivo de Vila Cova e Mascoselo, disse estar preocupado com o incêndio que se aproximou da aldeia, salientando que a floresta "está a ser completamente destruída".
"Destrói tudo quanto nós construímos", salientou, explicando que se trata de uma área mista, com muito pinhal na qual tem sido feita um grande investimento, pelo que pediu ajuda do Governo.